3 de nov. de 2010

REINO UNIDO: ABOLIÇÃO DOS CHEQUES É CONTESTADA POR MEMBRO DO PARLAMENTO

redação Serfinco 03/11/2010

David Ward, um membro liberal democrata do Parlamento Britânico, lançou uma proposta para "salvar" o cheque, que o Payments Council planeja enterrar em 2018.
Sua ideia é enquadrar os pagamentos em cheque como um direito do consumidor e colocá-los sobre a proteção da Financial Services Authority, responsável por regular todo o fornecimento de serviços financeiros.

Atualmente, o Payments Council, e os bancos que dele fazem parte, têm o poder de decidir sobre o destino dos cheques. Em dezembro, eles votaram a favor da realização do último ato de compensação em 31 de outubro de 2018, embora esteja prevista uma revisão em 2016, para determinar se os progressos feitos no desenvolvimento de canais alternativos de pagamento foram suficientes para manter a data.

Ward alega que a fixação de uma data na verdade acelera o processo pelo qual as empresas param de aceitar e os bancos param de emitir cheques, fazendo do desaparecimento do meio de pagamento uma profecia autorrealizável.

Ele argumenta, ainda, que a decisão deve ser tomada por um organismo que tenha a "independência, objetividade e competência" para ponderar as necessidades dos consumidores, os custos para os bancos, e que tenha credibilidade perante o Parlamento.

A campanha de Ward está sendo apoiada por uma infinidade de grupos representantes de classes e por órgãos de defesa do consumidor, preocupados com o fim dos cheques – diariamente, quase quatro milhões deles são emitidos no Reino Unido.

Os representantes do Payments Council, por sua vez, entendem que foi fixado um prazo limite bastante longo e com uma data intermediária para avaliação do andamento dos procedimentos. E complementam que a diretoria do conselho que está liderando o processo inclui um presidente e quatro conselheiros independentes, que estão lá para garantir que os interesses de todos os usuários de cheque, em especial os mais vulneráveis, sejam levados em conta. Em conjunto, eles têm o poder de vetar qualquer decisão.

Nenhum comentário: