10 de fev. de 2011

INADIMPLÊNCIA SOBE 5% EM JANEIRO, MOSTRA SPC BRASIL

portal InfoMoney 10/02/2011

O número de consumidores inadimplentes incluídos no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) cresceu 5,03% em janeiro, na comparação com o mês anterior, conforme aponta o indicador da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil, divulgado nesta quinta-feira (10).

De acordo com o relatório, o aumento está associado ao descontrole do orçamento familiar no início do ano, devido à redução do poder aquisitivo das pessoas, em função dos reajustes de energia e das passagens de ônibus, além dos gastos com matrícula escolar, IPTU e IPVA. Além desses fatores, contribuiu para a alta a falta de critério para o uso do crédito farto, que no ano passado atingiu o recorde de 46,6% do PIB (Produto Interno Bruto).

Na comparação entre janeiro deste ano e o mesmo mês de 2010, houve queda de 10,09% nos registros recebidos no SPC. A confederação atribui o resultado ao mercado de trabalho, que obteve o melhor desempenho da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o que permitiu um aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores e, consequentemente, facilitou o pagamento das dívidas.

Perfil

Em janeiro, os consumidores entre 30 e 39 anos lideraram os registros de inadimplentes no SPC, com 26,41% das inclusões. Em seguida, ficaram os clientes com idade de 40 a 49 anos (21,25%), de 50 a 64 anos (17,49%), de 18 a 24 anos (14,09%) e de 25 a 29 anos (13,12%). As pessoas com idade acima de 65 anos tiveram o menor percentual de registros, de 7,07%.

No confronto por gênero, as mulheres foram responsáveis por 54,51% das inclusões, enquanto os homens responderam por 45,49%.

Registros cancelados

Na análise dos registros cancelados no SPC Brasil, que ocorrem depois que a dívida é quitada, houve alta de 12,32% no mês passado, em relação a janeiro de 2010.
No confronto de janeiro com dezembro, foi observada queda de 13,29%. Para os pesquisadores, as pessoas se encontram mais descapitalizadas, devido aos compromissos assumidos no final do ano, juntamente com gastos de férias, impostos, matrículas e itens escolares.

Nos cancelamentos, as mulheres também são maioria, sendo responsáveis por 53,33% deles, contra 46,67% dos homens.

Por faixa etária, o maior volume de regularização dos débitos foi novamente dos consumidores com idade de 30 a 39 anos, com 27%. As outras faixas de idade, por sua vez, ficaram da seguinte forma: de 40 a 49 anos, com 22,8% dos cancelamentos, de 50 a 64 anos, com 18,63%, de 25 a 29 anos, com 13,11%, de 18 a 24 anos, com 10,8%, e acima de 65 anos, com 7,48%.

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