21 de jul. de 2010

CARTÕES PRÉ-PAGOS SÃO PORTA DE ENTRADA DAS CLASSES C E D NO SETOR FINANCEIRO

A MasterCard está trabalhando para aumentar sua atuação no Brasil na área de cartões pré-pagos. A empresa vê oportunidades sobretudo voltadas às classes C e D.

"Realizamos estudos detalhados nos últimos oito meses e já estamos colocando um plano de ação em marcha para lançar ainda neste ano novos produtos pré-pagos. Buscaremos alavancar nossos negócios principalmente entre os novos consumidores das classes emergentes C e D, sendo que muitos deles ainda não são bancarizados. São camadas que hoje estão em muita evidência”, diz Carlos Ogata, vice-presidente de Global Prepaid Product da Mastercard, que participou nesta terça-feira do comitê estratégico de Mobilidade Financeira da Amcham-São Paulo.

Atualmente, a MasterCard trabalha no país com pré-pagos de benefícios e incentivos corporativos, além de cartões semelhantes voltados a viagens e mesadas, nichos em que a companhia planeja continuar a investir.

Porta de entrada - Para as classes C e D, a ideia é fazer com que os cartões pré-pagos funcionem como instrumentos preparatórios, uma espécie de porta de entrada para o setor financeiro. "É uma maneira de conscientizar e educar, preencher a lacuna de quem ainda não tem acesso aos serviços financeiros. Além disso, consiste em uma formalização dos trabalhadores informais", afirma Ogata.

Entre os trabalhadores com carteira assinada, os pré-pagos podem ser utilizados ainda como fonte de microcrédito. "São como um vale salário, normalmente oferecido pelas empresas de grande porte. Os valores são inseridos no pré-pago e, depois, descontados na folha de pagamento. Os trabalhadores podem usar o cartão para comprar remédio, combustível e alimentos, pagando em uma data futura".

O mercado brasileiro de cartões pré-pagos, estima o VP da Mastercard, fatura anualmente cerca de R$ 20 bilhões, sendo aproximadamente R$ 12 bilhões em vales-alimentação e o restante em vales-combustível, pedágio, frete, supermercado e presentes, além de incentivos e benefícios corporativos.

Segundo Carlos Ogata, a liderança do segmento na América Latina é hoje ocupada pelo México, que apresenta nível de bancarização inferior ao do Brasil. No mundo, o líder são os Estados Unidos.

(portal Cidade Biz 18/05/2010 - Agência Amcham)

Nenhum comentário: