25 de jul. de 2010

PANAMERICANO QUER TER CAMPINAS COMO BASE

jornal DCI 20/07/2010 – Milton Paes

O Banco PanAmericano, instituição financeira do Grupo Silvio Santos, através da sua divisão de cartões de crédito, quer transformar a cidade de Campinas, no interior de São Paulo, em base de sua operação de cartão híbrido voltado aos supermercados e atacadistas do varejo, com crédito pré-aprovado e marca do parceiro. O objetivo é buscar parceiros varejistas na região de Campinas para o cartão de crédito híbrido, que é um cartão internacional com bandeiras Visa ou MasterCard, permite compras no estabelecimento emissor e em outros sem taxa de anuidade e com limites exclusivos para compras à vista e a prazo, incluindo parcelamento de fatura.

Segundo a empresa, o PanAmericano é pioneiro em imprimir cartões na hora com as bandeiras Mastercard e Visa, aceitos na maioria dos estabelecimentos do País. O gerente-geral de Cartões do Banco PanAmericano, Heládio Azevedo, disse que o cartão híbrido foi lançado na semana do Dia das Mães, conta hoje com cinco parceiros e já é sucesso. Ele contou que o cartão híbrido já opera em São Paulo, Brasília, está sendo lançado no Rio de Janeiro e em breve em Campinas. Já foram iniciadas conversas com varejistas da cidade.

Heládio Azevedo explicou que o diferencial desse produto do PanAmericano é ter taxa de administração zero para qualquer varejista e conta com uma parceria com a adquirente Tivit. "Hoje, a média de mercado é de 2,2% que os adquirentes, que são a Cielo e a Redecard, cobram dos varejistas. Nós não trabalhamos com anuidade. Eu trabalho com tarifa de extrato. Se você compra, vem o valor das compras e a tarifa. Se você não compra, não vem extrato e nem tarifa", diz.

O cartão hibrido é feito no ponto de venda do varejista, com investimento total do PanAmericano em todo o processo e pessoal envolvido na operação. A impressão do cartão customizado para o varejista nas bandeiras Visa e Mastercard é feito na hora, desbloqueado e com crédito aprovado para o cliente. "É do meu interesse esse investimento. Se você pede o cartão através de nossa central de atendimento, eu tenho de fazer o plástico para os Correios para enviar o cartão até a casa do cliente. Pago uma pessoa para desbloquear. Tudo isso tem um custo para mim. Se o cliente faz o cartão no ponto de venda, já ativo e já usa porque ele já sai desbloqueado. Na verdade eu economizo mais do que eu gasto com investimento", explica.

Para aprovação do crédito ao cliente o PanAmericano não utiliza o Cred Care, como é utilizado pela maioria das instituições financeiras. Através do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas), o número é digitado no sistema próprio que é o Net Pan, no qual são percorridas diversas bases dentro do banco.

Base de dados

"São 20 milhões de CPFs. que eu tenho na minha base de dados, portanto eu aprovo ou nego você. Quando eu aprovo já aparecem os dados do cliente, pois já estavam na base e só confirmo o endereço. Se o crédito é negado, leva de 2 a 3 segundos. Se eu aprovo, leva 10 minutos para conferir os dados e emitir o cartão com crédito já aprovado. Devido a essa nova operação, já temos em média 50% em média de aprovação no mercado, enquanto a concorrência tem aprovação de 20% a 30% do mercado tradicional".

Heládio Azevedo disse que os demais bancos não estão mais customizando e o máximo que fazem é colocar a logomarca do lojista. O único diferencial que é determinado através de contrato com o varejista é que sejam oferecidos descontos de 100 a 200 produtos, ou da loja inteira, para os clientes dos cartões que não são percentuais, mas sim no modelo, afim de que o cliente tenha consciência através de preço e não de percentual o valor real do desconto que está sendo oferecido.

Na avaliação de Heládio, as demais vantagens oferecidas pelos cartões são quase que praticamente semelhantes e o desconto passa a ser algo mais tangível e que chama a atenção do cliente. "Vi cenas incríveis. Em um caso, o cliente com o carrinho cheio pagou suas compras com o cartão dele, na saída viu o estande e se interessou, sentou, conheceu, fez e recebeu o cartão na hora. Ao sair voltou ao caixa, cancelou a compra que havia feito com o outro cartão e passou tudo novamente no cartão novo. O lojista adorou porque saiu da margem de pagamento de mais de 2% e foi para taxa zero. O cliente fez isso para ganhar um bonequinho que eu dou ao cliente se ele gastar mais de R$ 2.000 em compras. Um hipopótamo do PanAmericano (Hipo Pan). Se o cliente gastar qualquer valor, eu dou uma Coca-cola de 2 litros grátis. São ações de incentivo para a primeira compra", diz.

A área de Cartões do PanAmericano se divide em duas gerências, uma de Operações Centralizadas, em que não existe ponto de venda e a Divisão de Varejo, da qual Heládio é o responsável. Ele cuida também das 220 filiais do PanAmericano, onde é feito o cartão institucional nas bandeiras Visa e Mastercard.

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