9 de mar. de 2011

CARTÃO DE CRÉDITO JÁ REPRESENTA 70% DAS VENDAS NO VAREJO

portal Executivos Financeiros 09/03/2011

Aceitar o cartão de crédito já é praticamente uma unanimidade entre os empresários, representatividade de 98%. Segundo dados divulgados pela Federação do Comércio (Fecomercio), o uso do cartão de crédito nas vendas do comércio alcançou 70% em janeiro de 2011, contra 58% no mesmo mês de 2010. Em sentido contrário, o cheque pré-datado foi utilizado por 18% em janeiro de 2011, uma queda considerável quando comparado ao primeiro mês de 2010, em que representou 26%.

"Muitos lojistas preferem estimular as compras por meio de cartão, temendo os riscos do não recebimento das vendas. Além disso, os processos de vendas são mais ágeis, reduzindo o custo da operação por cliente", afirma Silvânia Araújo, coordenadora do Departamento de Economia da Fecomércio Minas.

Do total das empresas pesquisadas em fevereiro de 2011, 24% disseram trabalhar com cheques, contra um índice de 27% apurado na sondagem de janeiro/2011. Ambos com significativa queda em relação ao patamar de 45% contatado em fevereiro 2010. A decisão do empresário de evitar trabalhar com cheque justifica-se pelo risco do não recebimento das vendas e pelo elevado custo da recuperação do crédito.

"O cartão tem sido utilizado não apenas como meio eletrônico de pagamento, mas também como instrumento de parcelamento das compras. Muitos empresários adotam a ação de compatibilizar o volume ou valor maior de compras, com prazos maiores, o que acaba estimulando o aumento do giro das mercadorias, com apelo para o consumidor", completa Silvânia.

Quanto à inadimplência relativa às vendas a prazo, o percentual ficou em 4% na sondagem do mês de janeiro de 2011. Isso significa que, de cada R$ 100 em vendas realizadas a prazo, R$ 4 não foram recebidos, quadro relativamente estável em relação aos meses anteriores, indicativo positivo para a saúde financeira do comércio.

Finalmente, para evitar o risco da inadimplência, evitar o aceite de cheques é ação mais comum no comércio, (66%), contra 54% da sondagem anterior.

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