7 de set. de 2010

CLONAGEM DE CARTÕES TRAZ PREJUÍZO DE R$ 11,513 MILHÕES

portal Investimentos e Notícias 02/09/2010 – Agência IN

No primeiro semestre de 2010 a clonagem e outros tipos de golpes levaram ao mercado de cartões um prejuízo de R$ 11.513.615,50. Esse valor equivale a uma média próxima a R$ 2 milhões por mês e representa cerca de 0,01% do lucro estimado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (ABECS) para o mesmo período. A entidade estima em R$ 534 milhões o volume financeiro movimentado pelos plásticos no período.

A estimativa é da Horus, empresa especializada em controle e prevenção a fraudes em meios eletrônicos de pagamento. Para chegar a estes números a companhia desenvolveu um balanço do seu sistema de monitoramento que acompanha diariamente as notícias publicadas na imprensa sobre fraudes neste segmento.

De acordo com o Sócio-Diretor da Horus, Eduardo Daghum, os prejuízos com a clonagem de cartões são bem maiores tendo em vista que uma pequena parcela desses crimes é informada à polícia e nem todos esses casos são veiculados pela imprensa. "Com a abertura do mercado, os lucros que já eram pequenos tendem a ser mais disputados com a concorrência o que aumenta a preocupação das empresas com os crimes", afirma.

Entre janeiro e junho foram detectadas 214 matérias sobre crimes com cartões. O total representa pouco mais de uma matéria por dia no período. No total foram 7.978 cartões clonados e 61 máquinas adulteradas por chupa-cabra apreendidas no período. Somente no último mês do semestre, junho, o valor financeiro apreendido representou 24,91% montante total do período, R$ 5.119.054.

Daghum, da Horus, afirma que apesar do esforço e dos altos investimentos feitos pelos bancos emissores, adquirentes e bandeiras para reduzir as perdas com a clonagem de cartões trocando os plásticos dos clientes para a tecnologia com chip, estas ações não estão atingindo o resultado esperado, por dois fatores: o plástico continua com a tarja magnética, o que deixa uma porta aberta para a obtenção dos dados do cartão pelos fraudadores e o efeito de migração destas fraudes para o segmento de e-commerce onde não é necessária a utilização do plástico para efetuar uma compra, ou seja, quando o fraudador não consegue clonar a tarja magnética ou o chip, ele simplesmente utiliza os dados impressos no cartão para concretizar fraudes pela internet.

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