CONSUMIDORES TROCAM O MARKETING DOS BANCO PELAS BUSCAS ON-LINE

redação Serfinco 13/09/2010

Uma nova pesquisa da Google Finance mostra uma significativa mudança na forma como os consumidores estão fazendo suas escolhas de produtos financeiros. Está havendo um abandono dos tradicionais materiais de marketing bancário e da influência de marcas para a seleção através de fontes de consulta na web.

A pesquisa envolveu uma amostra de 900 consumidores australianos que foram convidados a encontrar um produto de depósito, um cartão, ou uma hipoteca e informar sobre o processo utilizado para fazer a sua escolha.

A grande maioria (88%) dos clientes começaram sua busca diretamente na internet, diz o Google, que apresentou o resultado da pesquisa em seu evento anual ThinkBanking, realizado em Sydney.

Para produtos de depósitos e cartões de crédito, o tempo de pesquisa na web representou 78% do tempo total gasto, para uma média de 3 horas e 20 minutos. Na pesquisa de 2008, esta proporção havia sido de 58%. Já no caso de hipotecas e empréstimos para habitação, 62% da pesquisa é feita on-line, com os consumidores levando mais de 11 horas e 25 minutos antes de se decidir por um produto. Cerca de 77% dos entrevistados disseram que ignoravam a existência do produto escolhido antes de começar a pesquisa.

A maioria (51%) dos clientes tinha uma marca preferida quando iniciaram a tarefa mas, daqueles que usaram a internet para pesquisar, 58% exploraram uma variedade de fontes, não se atendo à sua marca preferida. Dos que começaram a busca por uma instituição preferida, 31% terminaram por escolher um banco diferente.

A mudança de comportamento, para um relacionamento virtual, também acontece durante o processo de contratação, com 68% dos respondentes preferindo fazê-lo pela internet, em comparação com apenas 29% que optaram pela experiência em agência.

Os resultados surpreenderam aqueles que consideravam os métodos tradicionais de marketing como forte influenciadores no processo de seleção de produtos na área de serviços financeiros. A teoria vinha sugerindo que a marca e as campanhas de marketing eram determinantes na escolha dos produtos. Os dados mais recentes, como os extraídos da pesquisa do Google, colocam estes conceitos em cheque.