20 de jul. de 2010

REDECARD FOCA NOVOS SETORES E PREVÊ ALTA DE ATÉ 23% NO CRÉDITO EM 2010


A Redecard vai manter seu foco estratégico na ampliação da cobertura geográfica e na maior participação em segmentos com pouca atuação. Foi o que afirmou hoje o diretor presidente da empresa, Roberto José de Medeiros.

Ele participou hoje de teleconferência para divulgação dos resultados da companhia no primeiro trimestre, que mostraram crescimento de 11,2% no lucro do período, para R$ 352,6 milhões. Segundo o executivo, entre os segmentos importantes para a Redecard ampliar sua atuação estão educação, saúde, distribuição e construção civil.

"Esses segmentos têm registrado crescimento mais forte do que os tradicionais. Com isso (maior alcance da empresa nos setores pouco trabalhados), acreditamos que vamos conseguir crescer o programado para este ano", afirmou o executivo, sem dar detalhes de projeções para o ano. Nos primeiros três meses do ano, o setor odontológico cresceu 41% na Redecard, enquanto o de educação, apresentou alta de 47%.

Para o mercado em geral, Medeiros prevê crescimento de 20% a 23% no volume das operações com cartões de crédito em 2010, enquanto o volume das operações de débito deve avançar até 21%. No três primeiros meses do ano, a Redecard capturou R$ 39,8 bilhões em transações com cartões de crédito e débito, crescimento de 23,1% sobre o registrado no mesmo período de exercício antecedente.

O executivo informou ainda que a Redecard tem interesse em credenciar estabelecimentos e capturar transações com novas bandeiras, mas que não houve ainda nenhuma conversa formal com o Banco do Brasil e com o Bradesco sobre a nova bandeira de cartão, a Elo, anunciada pelas instituições nesta semana.

"Nós vamos dar todo o suporte necessário para a existência de novas bandeiras nacionais. A Redecard se sente preparada para agregar mais esta bandeira que está sendo lançada agora. Estamos otimistas com uma bandeira nacional que possa ser capturada no Brasil inteiro", afirmou o executivo, enfatizando que a possibilidade de adquirentes não vinculados à Elo capturarem as transações está de acordo com o caminho da indústria brasileira.

Sobre a nova regulação do setor de cartão de crédito, que tira a exclusividade das bandeiras aos credenciadores, Medeiros acredita que deve influenciar menos nas taxas e incentivar mais a competição em termos de qualidade e novos produtos.

"As taxas cobradas dos estabelecimentos pela captura estão em função dos volumes e do setor. Nossos volumes crescem sistematicamente 20%, logo, as taxas vêm caindo", explicou o executivo.

O executivo destacou ainda que a Redecard tem se preparado para credenciar a Visa a partir de julho, com o fim da exclusividade da bandeira com a Cielo. Neste primeiro semestre, os investimentos da companhia estão direcionados para o crescimento da rede da empresa, sendo que neste ano até agora, foram aplicados R$ 40 milhões para este fim.

(portal Valor Online 30/04/2010 - Vanessa Dezem)

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