6 de dez. de 2011

CONCORRÊNCIA QUE PREOCUPA É DO DINHEIRO, REBATE VISA

jornal Brasil Econômico 01/12/2011 – Flávia Furlan

Líder no ranking das maiores bandeiras emissoras de cartões do mundo até o ano passado, a americana Visa diz que vê com naturalidade a chegada de outras empresas ao mercado brasileiro, dada a atratividade do país e expansão do uso de cartões. Ainda que tenha perdido o pódio global para a novata chinesa, a companhia minimiza o impacto na competição no Brasil. “O nosso concorrente principal é o dinheiro”, diz o diretor-geral da Visa do Brasil, Rubén Osta.

Dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) mostram que apenas 24,1% das famílias brasileiras usam cartões na hora de consumir, enquanto o restante ainda insiste no pagamento com cheque ou dinheiro. O percentual de uso nos Estados Unidos é de 45,4% e sobe para 45,8% no Reino Unido e para 51,7% no Canadá. “Nossa campanha no Brasil e fora dele foca que somos empresa de produtos tecnologicamente avançados para substituir o cheque e o dinheiro”, reitera o executivo.

Os números mais recentes da Visa mostram que a bandeira tem um portfólio de 1,9 bilhão de cartões emitidos, com 15,3 mil instituições financeiras clientes e realiza 76 bilhões de transações de pagamentos e saques anuais.

A bandeira opera hoje em 200 países no mundo, mas aposta mesmo é nos emergentes para crescer. Por isso a empresa tem investido em campanhas de marketing e também no desenvolvimento de produtos e serviços para essa população.

“Neste cenário, o Brasil é visto como um dos mais inovadores mercados. Desenvolvemos muita coisa no país que depois é exportada, a exemplo do Visa Cargo, que substitui a carta-frete, e do cartão para o setor de agronegócios”, destaca Osta.

Analistas do instituto de pesquisa Retail Banking Research dizem que a Visa tem como ponto positivo o fato de seus cartões estarem à frente dos das concorrentes em termos de uso —a pesquisa não aponta o índice, mas apontas que a concorrente China UnionPay tinha apenas 3% do número de transações globais de 2010.

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