4 de dez. de 2011

CASA & VÍDEO VENDE PRODUTOS FINANCEIROS PARA AMPLIAR RECEITA

jornal Valor Econômico 29/11/2011 - Paola de Moura

A Casa & Vídeo, rede de eletrodomésticos e utilidades do lar do Rio de Janeiro, começou a abrir novas frentes para aumentar sua receita. Desta vez, o foco está nas vendas de produtos financeiros. A empresa lançou um cartão próprio, o Livre Card, para financiar as compras em suas lojas, uma linha de empréstimo pessoal, em parceria com a financeira Losango, e agora planeja lançar uma linha de Crédito Direto ao Consumidor e negocia com seguradoras a venda de apólices de seguros.

O Livre Card foi lançado em junho de 2010, mas, segundo Rogério Bimbi, vice-presidente do conselho de administração e responsável por reestruturar a área, a empresa não fez propaganda porque não podia alavancar seu balanço. Ele explica que, depois da recuperação judicial, aprovada em setembro de 2009, a empresa foi negociada primeiro com a Lojas Americanas e depois com o BTG Pactual. "Tivemos uma política conservadora porque foram três diligências, uma atrás da outra. Não queríamos usar o balanço", diz Bimbi, referindo-se às negociações anteriores e à aquisição pela Polo Capital, que, depois de fazer um aporte em setembro, ficou com 50,1% das ações da empresa.

A carteira do Livre Card conquistou cerca de 50 mil clientes. Por enquanto, o produto só está sendo oferecido em 35 das 75 lojas da rede. Bimbi explica que o objetivo é aumentar a base para, no futuro, criar um cartão co-branded em parceria com um grande banco e uma operadora de crédito.

Com a estrutura para vender produtos financeiros montada, a Casa & Vídeo viu a oportunidade de lançar outros serviços. "Como estávamos com o cartão de crédito contingenciado, a estrutura era subaproveitada", explica o vice-presidente. A empresa então montou a parceria com a Losango. A financeira vende empréstimo pessoal, com a marca própria da Casa & Vídeo, Livre, e a rede de lojas ganha uma comissão sobre cada contrato. A taxa cobrada, entretanto, é bastante salgada e chega a 15% ao mês. "O risco é muito grande. Em breve, lançaremos o crédito direto ao consumidor para financiar as vendas de nossos produtos e as taxas serão de 4,5%".

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