portal Economia & Negócios 22/03/2011 - Alessandra Saraiva (Agência Estado)
O número de famílias endividadas recuou de fevereiro para março. A conclusão é da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que divulgou nesta terça-feira, 22, a pesquisa "Endividamento e Inadimplência do Consumidor", que ouviu 17.800 consumidores em todo o País. De acordo com a CNC, o porcentual de famílias entrevistadas para a análise que se classificam como endividadas passou de 65,3% para 64,8% de fevereiro para março. No entanto, o porcentual de famílias endividadas este ano foi maior do que o apurado em março de 2010 (63%).
Segundo a CNC, o comprometimento da renda com gastos extras no início de ano conduziu a uma elevação no nível de endividamento das famílias nos primeiros dois meses de 2011. Ainda segundo a mesma pesquisa, manteve-se estável em 23,4% o porcentual de famílias endividadas que informaram estar com débitos em atraso, de fevereiro para março - sendo que este porcentual foi menor do que o registrado para igual resposta em março do ano passado (27,3%).
Porém, segundo a CNC, subiu de 7,7% para 8,4% o porcentual de famílias endividadas entrevistadas que informaram não ter condições de pagar seus débitos, de fevereiro para março. Para a confederação, isso pode ter sido influenciado pelo atual mercado de crédito, que continua a apresentar apresentando condições menos favoráveis, em termos de taxas de juros maiores e prazos mais curtos. Entretanto, o porcentual de famílias sem condições de pagar suas dívidas em março deste ano menor do que o apurado, para a mesma resposta em março do ano passado (8,7%).
Do total de famílias endividadas entrevistadas, 71,6% apontaram o cartão de crédito como modalidade principal de débito, seguido por carnês (21,9%); e financiamento de carro (10,6%).
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