21 de jul. de 2010

BANCOS, TELES E BANDEIRAS DE CARTÃO DE CRÉDITO DISPOSTAS A DIALOGAR

Bancos, operadoras de telefonia celular e bandeiras de cartão de crédito estão cientes de que precisam sentar na mesma mesa para convergir interesses e lançar conjuntamente serviços financeiros móveis. A mensagem ficou clara ao longo dos dois dias do evento Mobile Money Summit, realizado no Rio de Janeiro entre terça e quarta-feira desta semana, e foi transmitida por representantes do Banco do Brasil, Telefónica, Visa e Mastercard.

Os bancos brasileiros, por meio de reuniões na Febraban, estão construindo um discurso unificado para procurar as operadoras nacionais este ano e encontrar um modelo de negócios que agrade aos interesses tanto do setor de telecomunicações quanto do financeiro, informou o gerente executivo do Banco do Brasil, Raul Moreira. A ideia é construir um modelo de plataforma de serviços financeiros móveis que seja interoperável e que promova a convergência entre as redes das teles e aquela dos bancos e dos cartões de crédito. "É preciso interligar os três mundos: bancos, operadoras de telefonia e cartões de crédito", afirmou o executivo.

Do lado das operadoras, quem passou o recado foi o diretor de novos negócios do grupo Telefónica, Pablo Montesano: "serviços financeiros móveis compõem uma das maiores oportunidades do grupo Telefónica atualmente e não entraremos nesse mercado sozinhos. Acreditamos em modelo aberto e queremos aprender com os bancos".

Cartões de crédito

As bandeiras de cartão de crédito, por sua vez, esperam desempenhar o papel de ponte entre os setores bancário e de telecom, agregando sua rede de pontos de pagamento, espalhada pelo mundo inteiro. O diretor de plataformas inovadoras da Mastercard, Jürgen Wassman, destacou uma série de cases implementados pela empresa ao redor do mundo, sempre com bancos e teles envolvidos, e reforçou a mensagem de que é preciso criar um ecossistema colaborativo entre esses três setores.

Do lado da Visa, o diretor José Maria Ayuso falou: "A hora de encontrar um modelo de negócios, país por país, é agora. Queremos dialogar com as teles". O executivo destacou que os serviços financeiros desejados pelos consumidores variam de acordo com o perfil econômico de cada mercado. Em países desenvolvidos a demanda é por controle e conveniência através do celular, como, por exemplo, o recebimento de alertas e ofertas no telefone móvel. Em mercados em desenvolvimento, os serviços mais demandados são pagamento de contas e transferência de dinheiro entre usuários, disse Ayuso.

(portal Teletime 26/05/2010 - Fernando Paiva)

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