jornal O Diário (PR) 03/10/2010 - Fábio Linjardi
Máquinas para cartões de débito e crédito poderão estar em breve entre os equipamentos das viaturas da Polícia Militar do Paraná. O projeto é do diretor-geral do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), David Antônio Pancotti, com o objetivo de permitir o recolhimento de multas e impostos atrasados na hora, no caso de abordagem policial verificar pendências que podem implicar na apreensão do veículo.
"Você não ficaria mais com o carro retido. Pagaria os impostos atrasados, na hora", diz o diretor-geral. "Você paga o imposto na hora e vai embora com o carro e o comprovante."
Segundo Pancotti, a medida depende ainda da criação de um sistema pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e de um convênio com o Banco do Brasil.
Pancotti afirma que a medida será vantajosa para Estado e contribuinte.
"Estamos atrás disso, é um projeto para os próximos anos", afirma o diretor, que prevê uma solução rentável para o órgão.
Pacotti esteve em Maringá na última segunda-feira para a inauguração da nova sede da 13ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), na Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto.
A unidade é a primeira do interior onde as provas para renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) são feitas em terminais eletrônicos, abandonando o papel.
"O Detran gasta 4 milhões de folhas de papel por mês. Queremos zerar isso", diz. Para outubro, está previsto que os candidatos à primeira habilitação façam as provas apenas por meio dos aparelhos eletrônicos.
Tecnologia
Segundo Pancotti, a ideia de implantar as máquinas de cartão nas viaturas surgiu junto com outra: a de instalar nos carros policiais leitores biométricos, para identificar as digitais de suspeitos.
Prazo
"Isso (máquinas de cartão nas viaturas da Polícia Militar) é questão de tempo" David Antônio Pancotti, Diretor-geral do Detran-PR.
O sistema de leitura e armazenamento de dados biométricos no Paraná hoje é 100% estatal. Em Maringá, por exemplo, quem vai tirar a primeira carteira de habilitação ou renovar o documento tem todos os dedos das mãos digitalizados. A ideia é mesclar esses dados com os de criminosos fichados na polícia.
"Pagávamos R$ 14 milhões por ano por esse sistema de biometria. Hoje, o Paraná é o único Estado doa País que não terceiriza esse serviço porque ele foi desenvolvido pela Celepar", afirma Pancotti.
Segundo o diretor, os investimentos no desenvolvimento do sistema biométrico já se pagaram.
A confiança nos serviços da área de informática do Governo do Estado e o retorno financeiro com o pagamento de multas na hora da aplicação animam o diretor. "Temos a leitura biométrica própria. Logo vamos acabar com o papel. Isso (máquinas de cartão nas viaturas) é questão de tempo."
De acordo com o coronel Aramis Linhas Serpa, secretário da Segurança Pública do Paraná, a instalação dos equipamentos nas viaturas não seria problema. Mas passa a bola para o Detran. "Tem que ver com o Detran como eles fariam isso", diz.
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