jornal Valor Econômico 11/06/2008 - Danilo Jorge
A Super Money, correspondente bancário especializado em crédito consignado e empréstimos pessoais, quer dobrar o volume das operações até o fim do ano, alcançando volume de R$ 200 milhões. Para amparar a expansão, a empresa planeja a abertura de nova filial na região Nordeste e a expansão de sua rede de agentes, formada hoje por 1,2 mil promotores. "Esse mercado está passando por grandes transformações, oferecendo boas perspectivas de crescimento", afirma Carolina Dilly, diretora-executiva da companhia.
A localização da nova filial ainda não foi definida, mas o alvo será alguma capital nordestina. A nova unidade vai se juntar a outros quatro escritórios mantidos em Vitória, Goiânia, Brasília e Salvador. Com mais essa filial, a empresa buscará também reforçar sua rede de representantes, com pelo menos mais 400 agentes de vendas.
Os planos de expansão da Super Money ocorrem em meio a mudanças promovidas pelo Ministério da Previdência nas regras de concessão de crédito consignado a pensionistas e aposentados do INSS. Com as alterações, deixou de existir prazo carência nas operações e ficaram proibidos os saques em dinheiro por meio dos cartões de crédito consignado. Os limites dos empréstimos também foram reduzidos de duas para três vezes o valor do benefício.
Essas restrições não atrapalham a estratégia de crescimento, segundo Carolina Dilly. Para ela, as novas regras vão estimular transformações positivas, já que irão depurar o mercado, tornando-o mais concentrado e competitivo. "Com a abertura do crédito consignado, em 2004, houve a entrada de muitas empresas sem condições de gestão e sem o menor planejamento de longo prazo. As novas regras, portanto, vão qualificar o mercado, reduzindo o número de concorrentes", prevê. "Vão permanecer apenas os grupos mais bem estruturados", acrescenta.
Além disso, Dilly assinala que as novas regras modificam apenas as operações referentes ao INSS, que apresentam valor por operação menor do que o de outros órgãos.
Fundada há dez anos, a Super Money tem convênios com diversos bancos, entre os quais BMG, BMC, Cruzeiro do Sul, Bonsucesso, BGN, Pine e Mercantil do Brasil. Nos empréstimos pessoais, que respondem por 10% da produção da promotora de vendas, os acordos abrangem as financeiras Losango, Citifinancial, ASB, Leka e Cifra. Outra área que a Super Money pretende expandir é a de seguros, com parcerias fechadas com SulAmérica, Bradesco, Hannover, Mongeral e Indiana. "Apostamos muito nesse segmento, que deverá passar por um boom nos próximos anos", afirma Dilly. Economista egressa do BMG, ela assumiu a Super Money em março de 2006. Desde então, o faturamento anual da empresa saltou de R$ 50 milhões para R$ 100 milhões em 2007.
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