As estações de metrô de São Paulo começarão a receber em dois meses terminais de auto-atendimento para os usuários do sistema Bilhete Único, que integra o transporte público da cidade. A Planetek, empresa que tem exclusividade para operar o sistema de carga e recarga do sistema para a Prefeitura, fechou parceria com a fabricante de terminais de auto-atendimento (ATM) gaúcha Perto.
A empresa, instalada em Gravataí (RS), ficará com a responsabilidade de instalação, manutenção e monitoramento das máquinas, além da comunicação delas com a rede Pague Express, da Planetek. "Quando a máquina ficar cheia de cédulas ou acabar o papel, vai emitir um aviso para receber suporte técnico", afirma o gerente de negócios de software e terceirização da Perto, Fernando Mitidieri. Com a parceria, as empresas dividirão a receita gerada pelos serviços prestados pelas máquinas.
Por possuir o histórico de transações em cada parte da cidade, a Planetek escolherá as primeiras estações que vão receber em dois meses, em caráter de testes, as primeiras máquinas, que se encontram ainda em fase de produção. "É provável que a escolha seja por estações com perfis diferentes, como uma periférica e outras mais centrais, para avaliar a quantidade de transações e a maior ocorrência de filas", diz Mitidieri.
Todos os terminais devem também trazer serviços de correspondente bancário de alguma grande instituição. A fabricante gaúcha está em fase final de negociação com um grande banco, sem revelar seu nome.
Segundo o diretor comercial e de marketing da Perto, Marco Aurélio Freitas, esse seria o segundo projeto semelhante desde a criação de uma área para a prestação de serviços de terceirização da infra-estrutura de terminais. A fabricante cresceu como fornecedora de máquinas para automação e nos últimos dois anos vem buscando ganhar espaço com a comercialização dos serviços relacionados à essa tecnologia.
Serão investidos R$ 15 milhões durante este ano e até a metade de 2009 para a montagem de estrutura, que inclui data center em Gravataí para a prestação do serviço com um outro de redundância, para segurança em caso de problemas, localizado em São Paulo.
Projetos futuros
Por meio dessa oferta, ela já presta serviços ao Bradesco, para quem já gerencia 600 pontos de correspondentes bancários, que podem ser operados em redes de varejo, lotéricas ou agências dos Correios, por exemplo. "O projeto deve chegar a mil pontos e provavelmente mais à frente atingirá os 3 mil pontos", conta Freitas.
A Perto ainda participa de duas importantes concorrências para a realização de projetos semelhantes, com a Nossa Caixa, que pretende terceirizar 4 mil caixas, e com o Banco do Brasil, cujo projeto totaliza 700 pontos.
No próximo ano, a Perto pela primeira vez levará seus serviços de terceirização para o exterior. Segundo Freitas, está em fase final de acerto um projeto no Equador. A gaúcha já exporta produtos, tendo conquistado países como Chile, Venezuela, Uruguai e Costa Rica, além de países onde as empresas brasileiras de tecnologia pouco chegam, incluindo Grécia, Turquia, Paquistão e Iraque. Também fechou parcerias de transferência de tecnologia para o Irã e Índia, onde uma empresa local, impedida de importar os equipamentos pela legislação do país, faz a fabricação de acordo com os produtos desenvolvidos no Brasil.
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