jornal DCI 24/02/2012 - Paula Cristina e Agências
As redes internacionais têm apresentado forte movimentação
neste começo de ano no varejo. O grupo Target, tido como o quinto maior do
setor nos Estados Unidos e a décima maior empresa do setor no mundo, anunciou
ontem seu balanço de mercado. De acordo com números da empresa o lucro do
primeiro trimestre, sem ajustes, foi a US$ 981 milhões. O balanço vem junto com
especulações de mercado sobre a possibilidade de a empresa entrar no mercado da
América Latina, através do Brasil. De acordo com nota oficial da rede, o grupo
planeja sua expansão internacional e anuncia seu foco para América Latina nos
próximos anos. O primeiro país no qual a empresa começou o projeto de expandir
foi o Canadá, em que o plano ainda é o de investir mais de US$ 2,8 bilhões na
abertura de mais de 150 lojas no Canadá até 2014.
Segundo informações da imprensa internacional, o
executivo-chefe da Target Corporation, Steve Tanger, não descartou a entrada no
Brasil para os próximos anos. Para a entrada na região, no entanto, a empresa
irá testar um modelo de loja mais compacto de lojas.
A redução do tamanho das unidades, de acordo com a empresa,
é uma tendência no varejo mundial devido à escassez de espaço. Para isso, a
Target reduziu em cerca de 25% a oferta de itens em algumas lojas nos EUA, onde
possui 1.700 pontos de vendas em 49 Estados.
Aquisição
Quem também começa o ano com projeções positivas de
crescimento pelo mundo é a rede varejista Tesco, terceira maior rede de varejo
do mundo, que deve fazer uma oferta por uma parcela de controle acionário
avaliada em cerca de US$ 900 milhões na varejista de eletrônicos sul-coreana
Hi-Mart.
A informação, da imprensa estrangeira, mostra que a operação
aconteceria em um momento em que rede britânica de alimentos olha mercados em
crescimento para compensar momentos desafiadores em seu próprio mercado. Os
problemas de crise na Europa pressionam a lucratividade da rede na região, e a
tendência por explorar novos mercados já faz planos de diversas redes.
Varejistas como a Tesco, portanto, buscam diversificação de
receitas na Ásia, onde o gasto do varejo é visivelmente mais elevado devido a
um crescimento mais forte da economia. As notícias do provável interesse da
Tesco na aquisição impulsionaram as ações da Hi-Mart com uma alta de cerca de
2,4%.
Os três maiores acionistas do Hi-Mart, incluindo a Eugene
Corp, designaram o Citigroup para assessorar na venda. A participação combinada
de 57,6% vale US$ 900 milhões com base no valor mais recente da ação da
Hi-Mart. Procurada, a Tesco não quis comentar o assunto.
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