jornal Brasil Econômico 16/09/2011 – Reuters
A Research inMotion, fabricante do BlackBerry, planeja abrir as portas ao uso por seus clientes de uma tecnologia criada uma década atrás e que transforma celulares em aparelhos de pagamento. Todo o setor, da Nokia ao Google, responsável pelo sistema operacional Android, pretende incluir a tecnologia near field communication (NFC) em aparelhos, para substituir o dinheiro em espécie e os cartões de crédito.
Os chips NFC permitem troca de dados sem fio em distância de centímetros, o que significa que celulares poderiam ser usados para pagar por produtos, armazenar passagens e trocar cartões de visitas.
Mas a implementação do NFC para pagamentos vem sendo bloqueada pelos interesses contraditórios de bancos, comerciantes, fabricantes de aparelhos e operadoras de telefonia móvel, todos interessados em ficar com uma fatia desse bolo.
"É um ecossistema muito dinâmico, há muita gente envolvida e muita coisa precisa acontecer antes que surja massa crítica", disse Andrew Bocking, vice-presidente de software para celulares da RIM.
Enquanto isso, a RIM aproveitará o papel de seus aparelhos como escolha preferencial nas repartições governamentais a fim de permitir que eles se tornem documentos de identidade para acesso a esses locais.
Os funcionários muitas vezes usam seus crachás como cartões de identificação para entrar em um edifício. Há boa probabilidade de que o cartão e o leitor utilizados sejam da HID Global, parte da Assa Abloy. A RIM e a HID Global anunciaram ontem uma parceria que permitirá a usuários dos novos RIM Bold e Curve o uso desses aparelhos como cartões de acesso aos seus locais de trabalho.
"É uma novidade no setor e um marco importante para nós, porque permite que um aparelho móvel armazene dados de identidade para acesso lógico e físico", disse Denis Hebert, presidente-executivo da HID Global.
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