portal CardClipping
Globalmente, os pagamentos móveis representarão 15% de todas as transações com cartões em 2013 e vão superar os volumes por plástico dentro de 10 anos se o crescimento continuar no mesmo ritmo. A afirmação é do World Payments Report, relatório confeccionado por RBS, Capgemini e EFMA.
O relatório, que reúne dados sobre pagamentos feitos sem o uso de dinheiro em todo o mundo, mostra que houve 3,1 bilhões de pagamentos via transações móveis em 2009. Ainda é uma pequena fatia no total de 260 bilhões, com os cartões representando mais de 40% na maioria dos países. No entanto, dados iniciais sugerem que o número de m-pagamentos em 2010 subiu para 4,6 bilhões e o estudo prevê uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de cerca de 50% nos próximos anos.
A previsão aponta para um número de m-pagamentos de 15,3 bilhões em 2013 - cerca de 15% das transações com cartão. Se a tendência continuar no mesmo ritmo, a modalidade pode superar o cartão como a ferramenta mais popular de pagamento non-cash dentro de 10 anos.
O valor de m-pagamentos deverá crescer a uma taxa similar (CAGR de 52%), de 62 bilhões de euros em 2010 para 223 bilhões de euros em 2013, impulsionado por remessas de emigrantes e as compras de varejo. Ainda segundo o relatório, os bancos continuarão a dominar os m-pagamentos, detendo 92% das movimentações em 2013, comparado a 94% em 2010.
As transações via dispositivos móveis estão ganhando mais força em mercados emergentes, onde representam um meio rentável e seguro para vários tipos e tamanhos de operações de pagamento sem utilização de dinheiro em espécie. Os serviços financeiros através de celulares serão um dos principais motores para a inclusão financeira daqui para frente.
Mundialmente, as transações por meios eletrônicos cresceram 5% em 2009, um ritmo ligeiramente mais lento do que no ano anterior, em função da recessão global. A taxa de crescimento foi menor, mas ainda positiva: na América do Norte, 2%; na Europa, 5% e, nos mercados emergentes da Ásia-Pacífico, 10%.
Os cartões permanecem como o instrumento preferido nos pagamentos cashless, com o volume global de transação crescendo 9,7% e com uma participação de mercado de mais de 40% na maioria dos mercados, atingindo 68% no Canadá.
O número de transações eletrônicas de pagamentos totalizaram 17,9 bilhões em 2010 e deve crescer cerca de 20% ao ano, totalizando 30,3 bilhões em 2013. Assim como acontece com os pagamentos móveis, as instituições financeiras dominam, com as empresas não bancárias respondendo por apenas 6,5% dessas transações em 2010, um percentual que deverá subir para 9% até 2013.
Em contraste, o uso de cheques continua a cair em todo o mundo, representando apenas 16% de todas as transações que não envolveram dinheiro em espécie em 2009, ante 22% em 2005.
O estudo destaca, ainda, os custos significativos incorridos na Europa para aumentar a circulação do euro em espécie. A proporção de dinheiro sobre o PIB na Zona do Euro é mais que o dobro da apurada nos Estados Unidos. Se a Zona do Euro conseguisse reduzir o uso de dinheiro, mesmo tendo em conta as ineficiências criadas pela fragmentação, poderia economizar cerca de 20 bilhões de euros por ano, apenas através da redução dos custos de manipulação de moeda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário