3 de jul. de 2011

EUA: ATRASO DE PAGAMENTOS NO CARTÃO DE CRÉDITO VOLTAM AOS NÍVEIS PRÉ-RECESSÃO

portal CardClipping

Em maio, os atrasos de pagamento em cartões de crédito caíram para taxas apresentadas antes da crise financeira global, e as perdas também estão seguindo para padrões de normalidade, de acordo com os relatórios dos seis maiores emissores de cartão.

No caso da American Express, o índice de pagamentos com atraso acima de 30 dias está até melhor do que antes da crise, ficando em 1,6% do saldo em uma base anualizada para maio. No Chase, divisão de cartão do JP Morgan, o índice foi de 2,66%, patamar visto pela última vez em meados de 2006. A Discover Financial Services também registrou seu melhor índice em mais de quatro anos, 2,88%.

Os pagamentos em atraso são amplamente considerados como um indicador de inadimplência no futuro. Assim sendo, os baixos níveis reportados são um bom presságio para as taxas de inadimplência nos próximos meses.

No caso das perdas em operações de cartões, os bancos normalmente contabilizam como incobráveis os atrasos superiores a 180 dias. Os dados da Amex mostraram sua menor taxa para um mês de maio, 3,2%. Discover e Capital One vieram em sequência, com 4,82% e 4,84%, respectivamente. Mesmo a maior taxa de perda reportada, os 8,03% do Bank of America – o maior emissor de cartões dos Estados Unidos – está de volta aos níveis do final de 2007, início da recessão. O Citibank apresentou a segunda maior taxa (7,81%), permanecendo acima do que o banco informou antes da recessão, mas bem abaixo do pico de 11,46% visto no ano passado.

No total da indústria, as taxas de charge-offs, cairam para 6,96% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com um pico de 10,97% no segundo trimestre de 2010, conforme dados do Fed.

Na avaliação da Fitch Ratings, durante a segunda metade do ano os índices de inadimplência e de perdas devem continuar em queda, com uma estabilidade ou até um ligeiro aumento no final do ano ou no início de 2012.

O mercado de cartão de crédito mudou desde a crise. Os bancos lançaram a perdas mais de US$ 75 bilhões em dívidas de cartão de crédito apenas em 2009 e 2010. Os indivíduos com maior probabilidade de inadimplência já não conseguem obter cartões.

A Fitch Ratings estima que a securitização com lastro em saldos dos cartões caiu de US$ 400 bilhões no pré-crise para US$ 271 bilhões. A queda reflete tanto as perdas como o fato de os consumidores estarem mais cautelosos, evitando a todo custo cair no crédito rotativo.

Em abril, o saldo do crédito rotativo caiu para US$ 790,11 bilhões, um valor 5% inferior ao de abril de 2010, segundo dados do Fed. Em agosto de 2008, o valor era de US$ 973,64 bilhões.

Nenhum comentário: