27 de jun. de 2011

FEBRABAN E ABECS EXPÕEM EXPLOSÃO DE PAGAMENTOS ELETRÔNICOS

portal Fator Brasil 23/06/2011

Com o tema central “Transparência nas relações com o Mercado”, a 6ª edição anual do Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento (CMEP) irá discutir a aceleração dos pagamentos eletrônicos na sociedade brasileira que prefere cada vez mais transações digitais em detrimento das feitas por documentos em papel e em moeda.

O presidente da Visa Américas, William M. Sheedy, está confirmado como Keynote speaker do CMEP e será responsável pela conferencia: “Novos consumidores: inclusão financeira através dos meios de pagamento”; que versará sobre aspectos da inovação como uma das principais ferramentas de bancarização.

William Sheedy (foto) supervisiona as relações da Visa com emissores de cartões, redes de varejo, comerciantes, adquirentes e seus terceirizados do extremo norte ao sul das Américas, incluindo o Caribe. Recentemente, o executivo passou a acumular a presidência norte americana da companhia e as funções de líder global para estratégias corporativas e desenvolvimento de negócios.

Pagamento eletrônico cresce na velocidade de dois dígitos no Brasil - A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS) divulgou que o setor de cartões registrou faturamento global da ordem de R$ 145,2 bilhões nos três primeiros meses do ano, o que significa crescimento de 23% sobre o mesmo período do ano passado.

Em paralelo a esse crescimento dos meios eletrônicos, a sociedade descarta cada vez mais o uso de meios tradicionais em função de menor segurança, menor facilidade e benefícios. A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) informa que, em 2010, o número de cheques compensados no Brasil foi de 1.120 milhões, com queda de 9,3% em relação a 2009. Ressaltando ainda que o número de cheques compensados no ano 2000 era mais que o dobro daquele verificado em 2010. No início da década, eram compensados 2.638 milhões de unidades na economia local.

O Superintendente da ABECS, Fernando Barbosa informa que a entidade aposta na manutenção da expansão do setor de cartões no País: “nossas projeções indicam que o crescimento de dois dígitos será realidade até dezembro”, declara ao comentar o resultado do primeiro trimestre. “O número de transações feitas por cartão seguramente ultrapassará 8,2 bilhões de operações o que reflete a manutenção do momento positivo da economia nacional somado à substituição dos meios em papel usados pela sociedade”, conclui Barbosa apontando para o grande potencial de crescimento que os meios eletrônicos de pagamento têm no Brasil.

A pesquisa FEBRABAN “Setor Bancário em Números” revela outros dados da perda de relevância das formas tradicionais de pagamentos. Ela acusa, por exemplo, que as transações através do Internet Banking evoluíram positivamente em 27,4% no ano de 2010 e foram responsáveis por 23% de todas as transações feitas no país. Já os caixas eletrônicos foram donos de 32% das transações enquanto as feitas através de cheques e dinheiro nos caixas das agências bancárias caíram para apenas 10% das transações.

Nos dois dias de evento, representantes do mercado de cartões, instituições financeiras, redes de varejo, associações, autoridades e fornecedores discutirão como elevar ainda mais o nível de transparência nas operações procurando benefícios constantes para o consumidor. O CMEP será realizada nos dias 29 e 30 de setembro, em São Paulo, no Transamérica Expo Center.

Novos Consumidores e ascensão social- Para responder aos desafios de um segmento em tamanha expansão, o 6º CMEP também se dedicará a temas como a Inclusão Financeira dos novos consumidores e a ascensão das classes C, D e E que consolidam seu mais novo período de crescimento.

Por outro lado e com a emergência de novas gerações, o congresso pretende discutir a evolução das redes sociais e as mudanças no perfil do consumidor.

O desenvolvimento tanto do mercado quanto de opções tecnológicas para o M-Payment (pagamento por meio do celular) também serão apresentados, além de estudos e conferências sobre campanhas para incentivar o uso consciente do crédito e iniciativas de educação financeira.

As associações que promovem o evento anunciam também que pretendem discutir os muitos aspectos da segurança – física, patrimonial e penal – que os meios tradicionais como papel moeda e cheques oferecem àqueles que os usam; além de questionar o custo social da moeda em aspectos como manuseio e informalidade.

ABECS- A ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) apóia e atua no mercado de cartões desde 1971 visando um desenvolvimento sustentável do setor. A Associação representa mais do que 95% do mercado de cartões de crédito no País.

Composta pelos principais emissores, bandeiras, credenciadoras, processadoras de cartões de crédito, débito, de loja e de benefícios, assim como as demais empresas que fazem parte da cadeia de valores do setor, a Associação tem o objetivo de contribuir para o fortalecimento e expansão do setor. Trabalha também para a intensificação do uso consciente dos meios eletrônicos de pagamento. É responsável, entre outras iniciativas, pela divulgação mensal dos números do mercado de cartões, implantação do Código de Ética e Autorregulação além da educação financeira dos consumidores.

Perfil- A Febraban - Federação Brasileira de Bancos - é a principal entidade representativa do setor bancário brasileiro. Fundada em 1967 com o compromisso de fortalecer o sistema financeiro e suas relações com a sociedade e contribuir para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País. O quadro associativo da entidade conta com 121 dos 172 bancos registrados no Banco Central do Brasil (dezembro/2010).

O objetivo da Federação é representar seus associados em todas as esferas – Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e entidades representativas da sociedade – para o aperfeiçoamento do sistema normativo, a continuada melhoria da produção e a redução dos níveis de risco. Também busca concentrar esforços que favoreçam o crescente acesso da população em relação a produtos e serviços financeiros.

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