17 de jun. de 2011

HACKERS CAPTURAM DADOS DE 360 MIL USUÁRIOS DE CARTÕES DE CRÉDITO

portal IDG Now 16/06/2011 - IDG News Service

O estrago foi maior que o divulgado. Mais de 360 mil contas de cartão de crédito do Citigroup foram atingidas por um ataque de crackers (hackers que usam seus conhecimentos para ações criminosas) realizado em maio. Segundo informações divulgadas no começo do mês pelo banco, “apenas” 210 mil clientes tinham sido afetados.

Segundo o procurador geral do estado de Connecticut (Estados Unidos), George Jepsen, as informações fornecidas pela instituição financeira foram incompletas. Essa atitude teria sido motivada para proteger os clientes afetados de potencial ataques de criminosos.

Como resposta às declarações de Jepsen, o Citigroup divulgou ontem (15/6) que os clientes não foram alvo de uso “não autorizado de suas contas” e que o sistema principal de processamento de cartões e outros serviços de online banking não foram comprometidos pelo ataque.

Informações bancárias como nome, número de conta e dados para contato de correntista, entre outras, foram capturadas pelos criminosos. Porém, o banco afirma que dados essenciais para fraudes, como data de nascimento, vencimento do cartão ou número de segurança não foram vistos pelos invasores.

Segundo o banco, outras informações sobre como o ataque aconteceu não serão divulgadas, pois a investigação exige esse sigilo. A instituição afirma que “aprimorou seus processos” para que isso não volte a acontecer. Mais de 210 mil contas tiveram seus cartões de crédito inutilizados, com novas unidades sendo enviadas aos usuários.

O banco tem sido criticado pela demora na divulgação para os correntistas de que seus dados foram capturados por criminosos. As informações reveladas na quarta confirmam que os clientes foram avisados no dia 3/6, mais de 20 dias depois de o Citigroup ter detectado a falha.

Vale lembrar também que, embora os hackers possam não ter obtido informações completas sobre os portadores de cartões, as informações de contato são suficientes para os golpistas tentarem obter mais dados, por meio de ataques direcionados.

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