21 de fev. de 2012

PAPÉIS DA CIELO DEVEM OSCILAR EM FUNÇÃO DA REDECARD


jornal Valor Econômico 15/02/2012 –

Após um 2011 positivo, este ano começou com novidades que devem balizar o desempenho das ações da Cielo nos próximos meses. A reviravolta no setor de credenciamento de cartões ocorreu na semana passada, com o anúncio de que o Itaú Unibanco pretende fechar o capital da Redecard, principal concorrente da Cielo.

Para que Redecard saia da bolsa, acionistas representantes de pelo menos dois terços das ações em circulação precisam concordar em vender sua fatia para os controladores. A expectativa do mercado é de que todo o processo dure entre quatro e seis meses. Nesse período, os papéis da Cielo devem ficar em compasso de espera.

"As perspectivas para o mercado de credenciamento de cartões são positivas, com o crescimento da renda da classe C e o aumento da bancarização da população", afirma Jacqueline Lieson, da F ator Corretora. E os resultados da Cielo no quarto trimestre agradaram. A empresa teve lucro de R$ 504,5 milhões, alta de 13% sobre o mesmo período de 2010.


Mas, com os riscos associados às mudanças na Redecard e a valorização de 51,7% apresentada pelas ações da Cielo no ano passado, a analista alterou a recomendação para os papéis de compra para manutenção.

A Fator engrossa o coro da maior parte dos analistas, que indica que esse não é o melhor momento para investir nas ações. De acordo com dados compilados pela "Bloomberg", das 27 instituições que acompanham as ações da Cielo, 17 recomendam manutenção e 10, compra. O preço-alvo médio estipulado pelas casas de análise para os próximos 12 meses é de R$ 56,19, bastante próximo da cotação atual do papel, de R$ 55.

O principal questionamento, agora, é se a empresa vai acompanhar o movimento da Redecard e também sair da bolsa. "Ser a única empresa com informações públicas em um setor em que a competição é acirrada certamente é uma desvantagem", lembra Luciana Leocádio, analista da Ativa Corretora. Por outro lado, se permanecer como a única opção em bolsa, a Cielo pode concentrar os investidores que desejam entrar no setor, o que pode conferir um viés de alta às ações, afirma Luciana.

Em teleconferência com analistas, o presidente da Cielo, Rômulo Dias, tentou desfazer os rumores e afirmou que "continuará a atuar da mesma forma e intensificará seus esforços no sentido de se diferenciar em relação às concorrentes". Ontem, Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil - que compartilha o controle da Cielo com Bradesco -, afirmou que não tem intenção de fechar o capital da subsidiária do setor de credenciamento de cartões.

De fato, a percepção do mercado é de que uma operação para tirar a Cielo da bolsa seria mais complexa. A valores atuais - sem considerar um prêmio para a oferta -, os controladores teriam de desembolsar cerca de R$ 31,6 bilhões. E o Banco do Brasil não tem tanta disponibilidade de capital, segundo analistas.

Uma possibilidade seria o Bradesco comprar a fatia do sócio. Mas, na avaliação de Victor Schabbel, do Credit Suisse, essa operação não faria tanto sentido. "Ao comprar a totalidade da Cielo, o Bradesco perderia a rede de distribuição do Banco do Brasil", escreveu o analista em relatório.

Outra preocupação dos investidores de Cielo é de que, com o fechamento de capital da concorrente, haja uma maior integração na oferta de produtos junto ao Itaú e, com isso, uma nova guerra de preços, nos moldes do que ocorreu em 2010, quando houve a abertura à concorrência no credenciamento de cartões.

Naquele ano, ambas as empresas abriram mão de rentabilidade para ganhar mercado, o que acabou afetando a última linha do balanço e fez com que as ações de Cielo e Redecard recuassem - as perdas acumuladas no ano foram de 5,6% e 21,6%, respectivamente.

Ao contrário do que previam os mais pessimistas, no entanto, as empresas retornaram a uma dinâmica competitiva mais saudável. Em 2011, com geração de caixa robusta e uma política gorda de distribuição de dividendos, figuraram entre as queridinhas dos investidores. O que vai se observar agora é se, sozinha, a Cielo conseguirá manter o posto.

CARTÃO BANRISUL OFERECE FACILIDADES PARA CLIENTES E ATRATIVOS PARA LOJISTAS NO LIQUIDA TCHÊ!


portal Segs 14/02/2012 - Jackeline Moraes

Restando menos de uma semana para o encerramento das promoções do Liquida Tchê!, o movimento no comércio segue em alta. Um dos facilitadores tem sido a opção de compras pelo Banricompras. Para o consumidor, o cartão Banricompras é um facilitador, pois o isenta de cadastros e verificações de documentos, não possui custo nenhum e as operações podem ser conferidas diretamente no extrato da conta corrente. Para os lojistas, as vantagens são as condições especiais na linha de crédito e Antecipação de Recebíveis Banricompras, que viabiliza o aumento de capital de giro antecipando os recebimentos das vendas pré- datadas e parceladas.

Ao todo o cartão Banricompras é aceito em mais de 100 mil estabelecimentos comerciais e a estimativa é de que pelo menos 20 mil estabelecimentos ofereçam a opção durante o Liquida Tchê. O Banricompras oferece as modalidades de pagamento à vista, pré-datado e parcelado, e o cliente pode financiar a compra em até 22 meses.

FCDL-RS

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) representa as Câmaras de Dirigentes Lojistas do RS. Fundada em julho de 1972, é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como principal objetivo amparar e defender os interesses dos seus associados.

Atuando ativamente na representatividade política do setor varejista gaúcho, a instituição busca a qualificação e o desenvolvimento deste segmento, através de uma agenda estratégica focada em torná-lo referência mundial até o ano de 2017.

Referência nacional em informações cadastrais, a FCDL-RS se orgulha em fazer parte do Serviço de Proteção ao Crédito, importante ferramenta que auxilia diariamente o lojista associado na tomada de decisão na concessão de crédito. Maior banco de dados da América Latina, o SPC-RS recebe por mês mais de 1,5 milhões de consultas. Marcelo Matusiak

BANRISUL LIBERA R$ 33 BILHÕES EM OPERAÇÕES DE CRÉDITO


portal RevistaVoto 14/02/2012

Governador do RS, Tarso Genro, e o presidente do Banrisul, Túlio Zamin (ao centro), na apresentação dos resultados do balanço financeiro do Banco. (Foto Lane Pfeiffer)

O Banrisul injetou R$ 33 bilhões na economia em 2011 por meio de operações de crédito, valor que superou em R$ 2,6 bilhões as concessões feitas em 2010. O anúncio foi feito hoje (14), na sede do Banco, em Porto Alegre, pelo presidente da instituição, Túlio Zamin, acompanhado pelo governador do Estado, Tarso Genro, durante a apresentação dos resultados do balanço financeiro do ano passado.

Governador do RS, Tarso Genro, e o presidente do Banrisul, Túlio Zamin (ao centro), na apresentação dos resultados do balanço financeiro do Banco. (Foto Lane Pfeiffer) Governador do RS, Tarso Genro, e o presidente do Banrisul, Túlio Zamin (ao centro), na apresentação dos resultados do balanço financeiro do Banco. (Foto Lane Pfeiffer)

Já o lucro líquido do Banrisul foi de R$ 904 milhões em 2011, 22,00% acima do obtido em 2010. O resultado gerado corresponde a uma rentabilidade de 21,91% calculada sobre o patrimônio líquido médio. O desempenho no período reflete o confortável volume de disponibilidades, a baixa exposição a riscos em operações de tesouraria, níveis de inadimplência e de custo de captação adequados e capacidade financeira para sustentar o crescimento dos ativos de crédito.

Na oportunidade, o governador do Estado parabenizou todo o grupo de colaboradores e a diretoria do Banco pelo profissionalismo e competência. “O Banrisul, como banco público, além de apresentar resultados positivos, é um orgulho para o sistema financeiro nacional.” Tarso Genro destacou que o índice de inadimplência de toda a carteira de crédito do Banco é de menos de 3% - 2,76% - indicador que se compara com as operações de microcrédito, o que demonstra a qualidade da carteira de crédito da instituição. “Temos um banco forte aqui no Estado, elemento chave que proporciona as condições para o desenvolvimento”, salientou.

De acordo com o presidente do Banrisul, Túlio Zamin, os resultados abriram um espaço importante e a certeza de que não só teremos estrutura de capital, como também caixa e recursos para continuar financiando a atividade econômica do nosso Estado. “O saldo é extremamente positivo, não só pelo lucro, mas fundamentalmente pela qualidade e pelo êxito de conseguirmos alocar o crédito na direção que nós planejamos.” Zamin ressaltou que a população gaúcha pode ter certeza de que estamos fazendo uma gestão voltada para o desenvolvimento e consolidando cada vez mais essa instituição, que é pública.

A carteira de crédito comercial do Banrisul apresentou saldo de R$ 15,2 bilhões ao final de dezembro de 2011, compondo 74,88% do volume total de créditos. O segmento pessoa física atingiu R$ 8 bilhões, o que representa 39,62% do total das operações de crédito, com evolução de 9,20% no ano. O segmento pessoa jurídica alcançou saldo de R$ 7,2 bilhões em dezembro de 2011, contribuindo com 35,26% do saldo total de crédito, com expansão de 25,45% nos últimos 12 meses.

Até o final de dezembro de 2011, o patrimônio líquido do Banrisul alcançou R$ 4,4 bilhões, apresentando crescimento de 14,12% em relação ao montante registrado em dezembro de 2010. Os ativos totais do Banco alcançaram R$ 38 bilhões, em dezembro de 2011, com incremento de 16,99% sobre o mesmo período de 2010. Os recursos captados e administrados atingiram o saldo de R$ 29 bilhões ao final de dezembro de 2011, volume 15,58% acima do montante registrado no mesmo mês do ano anterior. O índice de eficiência alcançou 45,19%, em dezembro de 2011, percentual que está em linha com os indicadores apresentados pelas demais instituições financeiras de grande porte do País.

A rede de atendimento do Banrisul está concentrada na Região Sul do País. São 1.278 pontos de atendimento, distribuídos em 442 agências, 275 Postos de Atendimento Bancário e 561 Pontos de Atendimento Eletrônico presentes em 415 municípios gaúchos. O projeto de expansão da rede prevê a abertura de 111 agências: 35 agências em municípios já assistidos pelos serviços do Banco, 21 novas casas em municípios desassistidos, a transformação de 48 postos de atendimento em agências, mediante modelo de atendimento diferenciado através de casas de menor porte no Rio Grande do Sul, além da abertura de 7 novas agências em Santa
Catarina.

BRASILEIROS DESENVOLVEM VÍRUS 'CHUPA CABRA' PARA CLONAR CARTÕES DE CRÉDITO


portal IDG Now! 14/02/2012 - Renato Rodrigues

Cibercriminosos brasileiros conseguiram mais um "avanço" em termos de malware projetado para roubar dados financeiros. A novidade é o "Chupa Cabra" – um código malicioso desenvolvido para copiar e transmitir informações de cartões de débito e crédito a partir das leitoras de cartões presentes em lojas, supermercados e postos de gasolina, por exemplo.

"Instalar um aparelho chupa-cabra físico em um caixa eletrônico é arriscado", escreve o pesquisador Fabio Assolini no blog da Kaspersky Lab. "É por isso que carders brasileiros uniram forças com programadores locais para desenvolver uma maneira mais fácil e mais segura para roubar e clonar cartão de crédito", disse. Carders são criminosos especializados na clonagem de cartões.

É aí que entra o vírus. Instalado no micro onde as leitoras (PIN pads) são conectadas, ele intercepta a comunicação da leitora com o software de pagamento e envia as infos para o cibercriminoso. Inserir um malware em um PC é mais simples do que trocar a leitora ou colocar algum aparelho extra nela.

O malware foi detectado pela primeira vez no Brasil em dezembro de 2010 como Trojan-Spy.Win32.SPSniffer, e tem 4 variantes (A, B, C e D). O programa vem sendo  negociado cibercriminosos brasileiros (os Rauls) por 5 mil dólares, conta o analista. Ele explica que estes Trojans são altamente especializados e miram metas específicas.

Assolini diz que os leitores de cartão são protegidos com recursos de hardware e de software para criptografar as informações do cartão e a senha digitada, mas estes dispositivos estão sempre conectados a um computador via conexão USB ou serial. Segundo ele, leitores "mais velhos e ultrapassados, ainda usados ​​no Brasil", são vulneráveis justamente ​​neste ponto.

Chupa_cabras

Trecho do malware traz o termo "Robin Hood"

Os principais dados do cartão, como número, nome e código de segurança, não são codificados em dispositivos antigos, sendo transmitidos em texto simples (simple text). O malware intercepta essa transmissão e a envia para o cibercriminoso.

De acordo com ele, as empresas de cartão de crédito, avisadas do problema, começaram a fazer updates do firmware das leitoras antigas, de modo a proteger os dados.

SPTRANS VAI TROCAR 25 MILHÕES DE CARTÕES


portal Band 14/02/2012

A SPTrans (São Paulo Transportes), empresa que administra o sistema de ônibus da capital, admite a falha e afirma que vai trocar os 25 milhões de cartões. Segundo a empresa, no ano passado foi aberta licitação para a troca do sistema que faz o gerenciamento do bilhete. Também foi aberta uma sindicância para investigar se houve tentativa de fraude contra o sistema. As investigações devem ser concluídas em 30 dias.

A empresa que vencer a licitação deverá substituir o sistema de gerenciamento de segurança e terá três anos para trocar todos os cartões ativos atualmente.

A brecha no sistema foi descoberta pelos pesquisadores Gabriel Lima, de 21 anos, e Vinícius Camacho, de 29. Eles descobriram que é possível salvar o saldo do cartão no computador e recarregar a mesma quantia no bilhete único inúmeras vezes após zerá-lo. Com isso, é possível viajar nos ônibus sem pagar.

Após estudar o armazenamento de dados do cartão, Lima desenvolveu um programa e, com o uso de uma leitora de cartões importada da China, foi capaz de manter o cartão recarregado infinitamente.

O sistema de bilhete único arrecada R$ 310 milhões por mês.