portal Exame 01/02/2012
A Redecard anunciou nesta quarta-feira que teve lucro
líquido de 457 milhões de reais no quarto trimestre, ante 348,7 milhões de
reais em igual período de 2010.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros,
impostos, depreciação e amortização)ajustado no período ficou em 711,4 milhões
de reais, 29,6 por cento em relação ao mesmo período em 2010.ao A previsão
média de analistas consultados pela Reuters foi de 402,2 milhões de reais para
a Redecard no último quarto de 2011. A estimativa de Ebitda ficou em 653,6
milhões de reais, com margem de 65,4 por cento.
Mesmo com as mudanças regulatórias implementadas em 2011
pelo governo para incentivar maior competição no setor de credenciamento, Cielo
e Redecard seguiram mandando no setor como antes, mesmo após a entrada da
GetNet/Santander, o que amainou as preocupações do mercado.
Com isso, as ações de ambas deram um salto no ano passado,
recuperando-se das perdas do ano anterior. Cielo subiu 53,3 por cento e
Redecard ganhou 49,2 por cento, num ano em que o Ibovespa tombou 18,1 por
cento.
Além de conseguirem proteger market share, as companhias
passaram a ser vistas como porto seguro pelos investidores que, preocupados com
os efeitos da crise sobre transnacionais como Vale e CSN, migraram para ações
de companhias ligadas ao mercado doméstico.
E, apesar da desaceleração da economia brasileira no segundo
semestre, o setor seguiu crescendo. Segundo a Associação Brasileira de Empresas
de Cartão de Crédito e Serviços, o faturamento dessa indústria no quarto
trimestre subiu 20,9 por cento no crédito e 18,7 por cento no débito.
No entanto, alguns analistas enxergam esse cenário benigno
como temporário, à medida que novas entrantes chegam. Nesta quarta-feira, a
Elavon (do Citi) anunciou que fez a primeira transação no país e que quer ter
15 por cento do mercado brasileiro nos próximos cinco anos.
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