21 de fev. de 2012

USO DO CARTÃO PRÉ-PAGO AVANÇA


jornal O Estado de S. Paulo 06/02/2012 - Roberta Scrivano

O uso do cartão pré-pago - no qual o saldo é determinado por depósito bancário feito antes do uso - deve crescer fortemente entre os brasileiros. Calcula-se que, em 2017, esse segmento movimente US$ 18 bilhões no País. O volume é nove vezes maior que os atuais US$ 2 bilhões, gastos sobretudo nos plásticos pré-pagos para viagens e para o pagamento de refeições.

Os dados são de pesquisa feita pela Mastercard em parceria com a Boston Consulting Group e obtida com exclusividade pelo Estado. O levantamento foi encomendado pela bandeira de cartões em âmbito global. O motivo é mapear as oportunidades de negócios no segmento desse tipo de cartão.

Dentre os países da América do Sul, por exemplo, o mercado mais promissor para o plástico pré-pago é o Brasil. Boa parte disso se deve ao tamanho do mercado nacional, que é muito maior que o dos países vizinhos.

Especialistas em finanças pessoais aproveitam essa informação para justificar a afirmação de que os cartões pré-pagos devem, de fato, entrar mais fortemente no território nacional daqui em diante.

Liao Chieh, professor de finanças do Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa, pontua, por exemplo, que há grande espaço para o crescimento do uso do cartão deste tipo entre a parte da população que ainda não tem conta em banco. Ou, ainda aqueles que querem evitar a incidência das taxas bancárias sobre o rendimento, complementa a Mastercard.

No estudo feito pela bandeira de cartões, cinco segmentos são apontados como os com mais chance de crescimento. O pré-pago para ser usado em viagens internacionais; o para uso geral e em moeda local; o cartão vale-presente; o plástico de incentivo, dado como bonificação pelas empresa aos funcionários; os vale refeição e alimentação;  além de um outro específico para trabalhadores autônomos, sobretudo caminhoneiros.

Alexandre Magnani, vice presidente de desenvolvimento de novos negócios da Mastercard, diz que, a partir da definição desse segmentos, a bandeira de cartões já desenvolveu plásticos para cada uma das modalidades, com exceção dos vales refeição.

A Visa e a American Express também são bandeiras que têm cartões pré-pagos. Fábio Gallo, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas e da Pontifícia Universidade Católica (PUC), recomenda, inclusive, que antes de adquirir algum desses cartões, é importante comparar entre a marcas os benefícios de cada uma delas.

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