jornal Brasil Econômico 03/02/2012 – Flávia Furlan
A credenciadora de cartões Redecard quer mais que dobrar os
investimentos em 2012 e, ainda assim, promete não comprometer os dividendos
pagos aos investidores. A empresa vai investir R$ 500 milhões, ante R$ 218
milhões em 2011. “Não iremos reduzir os dividendos, que no ano passado chegaram
a 96,9% do lucro gerado”, diz o presidente da Redecard, Cláudio Yamaguti.
A maior parte do volume investido será destinada para o
aumento da base instalada de “maquininhas” e adoção de tecnologias mais
avançadas nos equipamentos. A base de equipamentos da Redecard caiu 6,9% no ano
passado, para 1,07 milhão. “Estamos tirando equipamento de clientes em que os
aparelhos estavam subutilizados e realocando em outros clientes”, explica o
diretor financeiro Marcelo Kopel. Segundo ele, algumas das maquininhas estavam
em clientes que já nem pagavam aluguel.
Apesar da queda no número de maquininhas, a receita com o
aluguel subiu no ano passado 27,2%, para R$ 215 milhões, o que mostra aumento
no valor cobrado. Os recursos para os investimentos neste ano serão obtidos
junto ao BNDES, e não por novas emissões de valores mobiliários — essas são
feitas pela empresa quando vai arcar com o pré-pagamento, adiantamento de
valores feitos aos varejistas, que no ano passado gerou uma receita financeira
líquida de R$ 169milhões, alta de 9,1% frente a 2010. Para disponibilizar este
crédito ao varejista, a empresa emitiu nota promissória de R$ 2 bilhões em2011
e deve repetir a dose neste ano.
Em 2011, a empresa fez um esforço de eficiência operacional,
com redução de custos que implicaram inclusive na redução do quadro de
funcionários de 1.455 para 1.054. Além disso, fez uma seleção melhor dos
varejistas em carteira. “Estamos otimizando a base de clientes”, pondera
Yamaguti.
A Redecard teve lucro líquido de R$ 1,4 bilhão, crescimento
de 0,3% sobre 2010. “Neste ano, concentraremos esforços no aumento da base de
clientes”, diz o executivo.
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