11 de out. de 2011

TENDÊNCIA DO FUTURO É A MIGRAÇÃO PARA CELULARES

jornal Valor Econômico 29/09/2011 - Martha Funke


No futuro, a tendência é a migração do plástico para o celular, segundo Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de negócios varejo do Banco do Brasil, que firmou parceria com a Oi para lançar um cartão-convênio com opção de plástico ou celular e tem serviços como o Saque Sem, por meio do qual quem perde o cartão pode receber um código por SMS para saques. "Ainda este ano vai ser possível acionar o terminal sem uso de cartão, por SMS ou foto", descreve o gerente geral da unidade gestão de canais do BB, Hideraldo Dwight Leitão.

No ano passado, o banco lançou um serviço de remessa de valores para celulares de não correntistas, que podem sacar o dinheiro em qualquer terminal, sem cartão. Como soluções fáceis deste tipo colaboram para a bancarização de classes emergentes, usuárias de correspondentes bancários, no mês que vem será testada a integração com esse canal. "Vamos aproveitar transações que as pessoas já fazem e migrá-las para o celular. É uma forma de promover a inclusão bancária", diz Leitão.

"O celular é pauta de todo mundo", resume Alexandre de Barros, vice-presidente do Itaú, que trabalha com entidades como Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) para reforçar os benefícios do cartão ao mesmo tempo em que promove experiências com o uso do celular ligadas com Visa, Mastercard e Redecard - com uso de SMS e tecnologia de aproximação. Segundo Barros, os últimos lançamentos do banco miraram em smartphones, tablets e celulares, com aplicativos específicos desenvolvidos para cada terminal. Um deles, para empresas, combina internet com celular para aprovação remota de pagamentos. "Em segmentos corporativos menos automatizados, a curva de transações na internet cresce entre 40% e 50% graças ao smartphone", registra o executivo.

Entre os bancos globais, Santander e HSBC também focam o mobile banking. O primeiro deve ter até o fim do ano soluções para celulares de menor capacidade - hoje oferece serviços para plataformas como Android, iPhone e Blackberry. A princípio, sempre vinculados à internet, por garantia de segurança, com projeto de disponibilização apartada na medida da massificação do uso. "Sem divulgação, em uma semana foram mais de 50 mil usuários usando a solução móvel", contabiliza o CIO do Santander, Antonio Coutinho, atestando o poder desse usuário no boca a boca nas redes sociais, uma novidade em termos de marketing.

O HSBC oferece aplicativo móvel que permite efetuar pagamento de serviços públicos, títulos e taxas, entre outras. Criada em Java, a solução ganhou recentemente versões para smartphones. "Com o celular, conseguimos realmente entregar o serviço ao cliente onde quer que ele esteja, no momento que ele desejar", resume o diretor de canais Marcelo Villela.

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