26 de ago. de 2010

NXP DEVE INVESTIR DE US$ 4 A US$ 5 MILHÕES EM CHIPS PARA MERCADO BANCÁRIO

portal Executivos Financeiros 26/08/2010 - Francine Brandão

A NXP, fábrica de semicondutores com 11 indústrias, mais de 14 mil patentes e 3200 engenheiros no mundo, estima investir de US$ 4 a US$ 5 milhões de 2010 a 2011, ampliando a participação de mercado de 20 a 30% somente na área bancária brasileira, com os mesmos clientes, porém ampliando contratos e parcerias.

De acordo com o gerente de vendas e produtos da divisão de bancos da empresa, Júlio de Melo, o mercado bancário latino americano gira em torno de US$ 70 milhões, somente em produtos, os chips, sem contar os cartões prontos, que geram outros serviços agregados.

A companhia trabalha com chips com e sem contato, dual ou interface, completamente wireless, que não precise nem do celular, que pode ou não ter que ser inserido no POS e ATM, para uso no transporte, com crédito e débito juntos. “Estamos com pilotos unindo crédito e débito para transporte em Recife, Fortaleza, algumas cidades do sul e em negociação para ampliar no Brasil até o fim do ano”, revela o executivo.

Outros produtos de destaque são chips baseado somente em contato com criptografia de alta segurança, para transações de valor alto, chamado PKI e “private label”, para varejo, com baixo custo e focado nas classes C e D, para que as mesmas tenham acesso ao crédito.

Seus chips já foram implementados no passaporte eletrônico de diplomatas, devem chegar aos turistas comuns até o fim do ano e também estão no documento único RIC, que reúne RG, CPF e título de eleitor, pode ser solicitado na renovação dos documentos ou iniciativa do cidadão.

A tendência que o mercado caminha é a de ter num mesmo chip crédito, débito, transporte e alimentação, mas não há problema de “desmagnetizar” ou vulnerabilidade de segurança: “não tem problema molhar ou ser esquecido no fundo da bolsa, temos firewall em hardware que separa os valores, é raro dar problema e há mais desgaste dos plásticos dos cartões do que prejuízos no chip”, esclarece o profissional.

A corporação trabalha com tecnologia de alcance internacional, compatível com o sistema de pagamento EMV, Europay, MasterCard e Visa, um padrão mundial, que no Brasil só disponibiliza as duas últimas bandeiras. “Outra opção interessante para clientes globalizados é o ´moedeiro´, para viagens em que não se deseja levar dinheiro em espécie, carrega-se um valor da moeda local no chip”, conta Melo.

Uma funcionalidade que não deve demorar a iniciar no mercado nacional é o oferecimento de programa de milhagem ao cliente do cartão, que aceitando, terá os pontos carregados na próxima transação no ATM.

Julio esclarece ainda que busca estreitar relacionamentos não só com bancos, mas empresas de transporte, alimentação, saúde e benefícios, para que o chip único com vários créditos ganhe cada vez mais espaço, evitando a emissão de vários plásticos. “Já temos no País o cartão ecológico, possibilitado pelo reaproveitamento da PET, é uma tendência em crescimento”, analisa Júlio.

No Brasil, a NXP está presente em mais de 100 cidades com o chip para transporte, nas quais circulam de 200 a 300 milhões de chips pelo transporte público.

Um comentário:

Pr3ach3r (Anonymous MAC & Proxy ) disse...

Devemos admitir que os homens de negócios do segmento banking são os estrategistas mais astutos e vorazes deste planeta...

Aposto a cabeça do executivo da NXP do Brasil que, pelo histõrico e situação financeira da NXP, a maior fatia do pay-back deste novo investimento na tecnologia de chips será absorvida pelos seus clientes e futuros chefes: isso mesmo, os bancos! A Philips se ligou e já caiu fora...

O banco Itaú montou a Itaucom quando precisou de desktops, antes de enriquecer algum fornecedor... Alquém já viu alguma corporação se enriquecer às custas de bancos? Só mesmo fumando maconha e sonhando acordado...

Aliás, se houver fusão, o RH dos bancos é extremamente rígido contra dependência química.

"O pior cego é aquele que não quer ver..."