3 de ago. de 2010

LOJISTAS DE BH JÁ CONSEGUIRAM DESCONTOS COM AS OPERADORAS

portal Executivos Financeiros 02/08/2010

O fim da exclusividade no uso dos terminais de operação com cartão de crédito completou 1 mês no dia 1º de agosto (ontem) e já apresentou economia para os lojistas de Belo Horizonte (MG). Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) realizada com 200 lojistas, 56,45% dos entrevistados conseguiram negociar descontos com as operadoras de cartões de crédito. Os que ainda não conseguiram negociar (43,55%) alegam dificuldades como: pouca variação nas taxas, reduzidas vantagens, demora no recolhimento das máquinas e tempo de espera.

Neste primeiro mês, 22,73% dos entrevistados já observaram economia de cerca de 5%. Economia de 6% a 10% foi observada por 4,55% dos entrevistados. Para 1,52% dos lojistas a economia foi de 11% a 15% e também outros 1,52% viram economia ultrapassar 16%. Já para 69,7% dos entrevistados ainda não foi observada nenhuma economia significativa.

Segundo o presidente da CDL/BH, Roberto Alfeu, a economia está na diminuição do número de máquinas e nos descontos conseguidos junto às operadoras. “Para cada uma das máquinas, o lojista paga, em média, aluguel de R$ 110”, disse. “Além disso, tem a taxa de administração cobrada pelas empresas de cartão de crédito que no Brasil é, em média, de 4% ao mês, enquanto que na maioria dos países ela fica em torno de 2%”, completou.

A pesquisa apontou ainda que 77,22% dos entrevistados estão satisfeitos com os resultados ddesta mudança. O restante (22,78%) que não se sentem satisfeitos relataram que ainda não observaram resultados. De acordo com 42,86% dos lojistas, eles continuam a trabalhar com as mesmas bandeiras. Outros 14,29% dos lojistas começaram a trabalhar com a bandeira Visa; 12,09% com a Mastecard; 12,09% com o American Express; 7,69% com o Diners Club; 5,49% com a Aura; 4,4% com o Hipercard.

A unificação dos terminais deve representar economia anual de R$ 120 milhões para o comércio de Minas Gerais. No caso da capital, a economia estimada é de R$ 19,2 milhões. “Essa expressiva economia anual vai representar menores custos para os lojistas que, consequentemente, poderão contratar mais, realizar novos investimentos e até mesmo diminuir seus preços em relação aos concorrentes”, afirmou Alfeu. No Brasil, a indústria do setor de cartões de pagamento apresenta alto grau de concentração. Visa e Mastercad, juntas, dominam mais de 90% dos cartões ativos (débito e crédito).

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