A Mastercard anunciou ontem um crescimento de 25% no volume de compras feitas com os cartões da bandeira na América Latina no primeiro trimestre, para US$ 36 bilhões. A companhia não divulga os números dos países individualmente, mas Gilberto Caldart, presidente da Mastercard para o Brasil e Cone Sul, diz que a participação do Brasil é “preponderante” nesse crescimento.
No Brasil, a bandeira fez diversos movimentos no período, entre eles o início das operações com o Banrisul como o quarto credenciador da Mastercard no Brasil — os outros três são Redecard, Cielo e Santander. Além disso, houve o lançamento de dois cartões pré-pagos: o Mastercard Travel Card, para o segmento de viagens, e um pré-pago de uso geral com o Panamericano.
No segmento de pré-pagos, inclusive, a companhia aposta em emissores de cartões que não são instituições financeiras. “No mundo de pré-pagos o rol de emissores é diferente dos cartões de débito e crédito”, diz Caldart. Ele considera isso, um diferencial competitivo da bandeira no país. A concorrente Visa só autoriza instituições financeiras como emissores de cartões com a sua marca.
No caso do cartão de viagem, a Mastercard aprovou a administradora de cartões Travelex como emissora, que por sua vez licenciou a corretora de câmbio Fitta e agências de viagens. Outra empresa não-financeira que também recebeu licença da bandeira recentemente para emitir pré-pagos de premiação foi a Accentiv’Mimética, agência de marketing de relacionamento.
Guilherme Lopes, sócio-diretor da Accentiv’Mimética, conta que antes a agência dependia dos bancos para prover o produto. “Agora, passamos a fazer todo o processo: desde a emissão até a operação dos créditos e débitos no cartão, desbloqueio e consulta de saldo”, diz.
Lopes conta que o plano é distribuir o produto para outras agências de marketing, para ganhar escala. A meta é emitir mais de 100 mil cartões este ano e alcançar 500mil em2016.
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