portal Cidade Biz 24/05/2011
Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) mostram que pelo segundo mês consecutivo,
O nível de endividamento dos paulistanos caiu novamente em maio, pelo segundo mês seguido. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Fecomercio-SP, 45,7% das famílias possuem algum tipo de dívida, contra 48,3% em abril. Em números absolutos, o total de famílias endividadas caiu de 1,732 milhão em abril para 1,639 milhão em maio.
Os dados são coletados junto a cerca de 2.200 consumidores no município de São Paulo.
O ano começou com níveis de endividamento mais elevados, acima de 50% chegando a 53,8% em fevereiro, por conta das dívidas contraídas no Natal. Mas o índice começou a apresentar redução a partir de março. A queda do endividamento pode ser justificada pela redução no nível de confiança do consumidor nos últimos meses. Atrelado a isso, a melhoria das condições de emprego e renda possibilitou equilíbrio da situação financeira do consumidor.
Atraso – Entre os consumidores que possuem contas em atraso, o índice ficou estável em 14% em maio. Isso demonstra que o consumidor, embora já esteja sentindo os efeitos da elevação dos preços em suas compras, consegue administrar melhor suas dívidas.
Segundo o levantamento, entre os consumidores com renda de até 10 salários mínimos, 16% estão nessa condição, enquanto o índice fica em 8% entre aqueles que possuem rendimento acima de 10 SM.
Entre aqueles que disseram não ter condições de honrar suas dívidas houve uma variação de 0,2 ponto percentual em relação a abril, fechando em 5,3%.
Perfil da dívida - Entre os consumidores com contas em atraso, 46,3% têm atrasos há mais de 90 dias, outros 24,8% têm contas atrasadas por até 30 dias, enquanto que 24,4% do total de famílias estão com dívidas atrasadas entre 30 e 90 dias. O tempo médio ficou em 62,87 dias.
Entre os consumidores com dívidas, as maiores incidências estão nos prazos por mais de um ano (30,4%) e em até três meses (22,8%). O restante divide-se entre os períodos: entre três e seis meses (18,5%) e entre seis meses a um ano (23,3%).
Segundo a Fecomercio, entre as 45,7% das famílias endividadas em maio, 55,3% têm entre 11% e 50% da sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 14,9% delas esse comprometimento é superior a 50%, enquanto que para 20,9%, menos de 10% da renda está comprometida com o pagamento de dívidas.
Cartão de crédito - O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito para 68,5% dos paulistanos, seguido pelos carnês (21,3%), crédito pessoal (19,2%), financiamento de carro (9,6%), cheque especial (8,5%), entre outros. Oferecidos até mesmo gratuitamente, os cartões de crédito podem ser utilizados sem que o consumidor tenha conta bancária, oferecendo adicionalmente o parcelamento das dívidas, o que popularizou seu uso nas classes C, D e E.
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