18 de mai. de 2011

CELULAR PODE FUNCIONAR COMO TERMINAL BANCÁRIO

portal MSN Notícias 17/05/2011 – Agência EFE

Os celulares podem se transformar em entidades bancárias para bilhões de pessoas que ainda estão sem acesso a serviços financeiros, embora para isso os Governos devem flexibilizar suas leis, aponta o relatório do Fórum Econômico Mundial apresentado nesta terça-feira em Nova York.

O estudo, que examina a implantação da tecnologia e o estado das legislações sobre a matéria em 20 países na África, América Latina e Ásia, reconhece o grande potencial dos dispositivos sem fios para 'atender as necessidades financeiras dos povoados sem fácil acesso a serviços bancários'.

No entanto, afirma que o potencial da telefonia celular, assim como diferentes dispositivos com acesso à internet, fica neutralizado por regulações existentes em muitos países e ressalta que ainda deveriam ser aprimoradas 'as estruturas de competitividade e reforçar a formação financeira dos indivíduos'.
Pelos dados do Fórum Econômico Mundial, atualmente há mais de 1 bilhão de pessoas no mundo com celulares e sem contas bancárias.
'O potencial da plataforma móvel para transformar as vidas financeiras dos indivíduos e das estruturas da indústria é inquestionável. Mas o que é necessário é uma inteligência coletiva para navegar pela complexidade que oferece a estrutura financeira móvel', indicou William Hoffman, um dos responsáveis pelo relatório.
O estudo assinala que a adoção de serviços financeiros móveis se restringe atualmente 'aos poucos países onde o acesso aos serviços é obrigatório e limitado a transferências de capital'.
O texto cita Quênia e Filipinas como exemplos de países onde foram conquistados níveis de implantação superiores a 10% do total da população e assinala que a razão é a presença de 'uma densa rede de agentes' em diferentes pontos do setor no varejo.
No entanto, 'nesses locais querem impulsionar um tipo de serviços financeiros que vão além da realização de pagamentos', a prioridade deve ser que os Governos impulsionem 'a concorrência em seus setores financeiros e das telecomunicações'.
O documento também destaca o caso do Brasil, que ostenta 'uma presença relativa' se comparado com países que possuem abrangência.
Pelo estudo, as possibilidades do Brasil de levar vantagem na matéria e 'oferecer serviços financeiros mais complexos por meio de dispositivos móveis' depende de sua 'habilidade de aproveitar a rede existente de agentes bancários e a proteção dos consumidores existente no país'.
O estudo traz ainda dados do Haiti, México e Peru, e destaca que estes são exemplos de países nos quais ainda não se viu abrangência importante dos serviços financeiros móveis.

Nenhum comentário: