portal Folha Online 24/02/2011 - Eduardo Cucolo
Dados parciais para fevereiro, até o dia 11, mostram que o impacto mais forte das medidas anunciadas pelo Banco Central sobre o crédito já se deram no mês passado.
Os juros para pessoa física recuaram 0,3 ponto percentual no começo deste mês. Para pessoa jurídica, subiram 0,8 ponto.
Em janeiro, a taxa média para o consumidor subiu de 40,6% para 43,8% ao ano, a maior desde outubro de 2009. Para as empresas, passou de 27,9% para 29,3%, mais alta desde fevereiro daquele mesmo ano.
A média de concessões cresceu 3,6% para o consumidor e 18,5% para as empresas. O estoque de crédito referencial subiu 2,7% e 1,8%, respectivamente.
"O impacto das medidas tem um efeito mais significativo nos primeiros meses e isso se reflete na taxas de juros observadas em janeiro. Em fevereiro, a gente não espera esse ritmo de crescimento das taxas de juros observado em janeiro. É natural que isso não venha a se repetir", afirmou o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel.
Segundo Maciel, isso não significa que não venham a ocorrer novos aumentos de juros, já que o BC está em meio a um ciclo de alta dos juros.
Em relação à inadimplência, afirmou que o cenário é de estabilidade, apesar da alta dos juros e redução de prazos.
"Você ainda tem um processo de expansão de crédito, do emprego e da renda, que correm no sentido contrário", afirmou.
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