portal Cidade Biz 21/02/2011
Pesquisa da ToolBox, consultoria especializada em ponto de venda, atesta uma tendência há tempos sentida pelos consumidores: grande parte das bancas de jornais está se tornando também um canal de conveniência: 68% dos estabelecimentos investigados comercializam balas, e 52% vendem bebidas geladas. O serviço de fotocópias está presente em 12% delas (dados e julho de 2010).
O estudo foi realizado junto a 3.352 bancas de todo o país, de um total de 16 mil atendidas pela Dinap, principal distribuidora do país. PO levantamento foi feito em quatro amostragens (julho e novembro de 2009 e março e julho de 2010), e divulgado somente agora pelo Sebrae.
“As bancas maiores têm capacidade para colocar refrigeradores, máquinas de fotocópia e até geladeiras de sorvete. Isso agrega muito valor ao ponto de venda”, diz Luiz Sedeh, diretor de desenvolvimento da ToolBox.
Entre os produtos considerados pela pesquisa estão publicações e artigos comercializados (revista/ jornal, cartão telefônico, livro, cigarro, goma e confeito, bebida refrigerada, chocolate e sorvete), a disponibilidade de serviço de fotocópia, o número de funcionários (pessoas que trabalham na banca, além do dono), o tempo de existência, a aceitação de cartão de crédito ou débito e o faturamento diário.
Tradicionais nas ruas das cidades, 36% das bancas de jornal compreendidas na pesquisa possuem até dez anos de existência e 22%, até 20 anos. Quanto ao número de colaboradores, 49% contam com até um funcionário, 34% com até dois funcionários e 15% possuem mais de dois funcionários; os outros 2% pesquisados não responderam.
Em relação ao faturamento (dados de julho de 2010), 45% não quiseram responder. Dos 55% restantes, 40% faturam até R$ 900, o que dá um faturamento anual de cerca de R$ 300 mil.
Resistência aos cartões - A aceitação do cartão de crédito ou débito em bancas de jornais ainda é muito pequena em todo o país, quando comparada a outros canais de varejo. A exceção é a região Centro-Oeste, onde 57% das bancas entrevistadas utilizam o cartão. Já nas regiões Sul e Sudeste, os percentuais não chegam a 30%.
“Na nossa percepção, as bancas de jornal precisam se modernizar tanto na infraestrutura – metais enferrujados, poluição visual dentro das bancas, falta de distribuição correta de produtos - quanto no relacionamento com o próprio cliente”, comenta Luiz Sedeh, da ToolBox.
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