2 de jan. de 2011

BB REDUZ GASTOS E PRAZOS COM GESTÃO DIGITAL DE DOCUMENTOS

jornal Brasil Econômico 30/12/2010 - Ana Paula Ribeiro

A adoção de uma gestão digital de todo processo de concessão de crédito começa a dar os primeiros resultados ao Banco do Brasil. O projeto piloto foi iniciado em março e expandido gradualmente.

Atualmente, a instituição consegue ter uma economia estimada em cerca de R$ 1,4 milhão ao mês, além da redução do prazo da liberação dos recursos ao cliente.

"Esse é um processo ainda em evolução no banco. Hoje, estamos reduzindo o prazo em cerca de 30%", diz o diretor de crédito, Walter Malieni Júnior.

Na primeira fase desse processo, a gestão digital - que dispensa cópia de documentos dos clientes e gasto com transporte de malotes - está presente na abertura de novas contas correntes e nas operações de concessão de crédito. Esse trâmite já é obrigatório em todas as agências do Sul, do Sudeste e do Distrito Federal.

A gestão eletrônica está se expandindo aos poucos. Em março, foi iniciado o projeto piloto nas agências do Distrito Federal e Rio de Janeiro. Em julho, adotaram a gestão eletrônica os Estados do Sul e Sudeste. No mês passado, foi a vez de Centro Oeste, Nordeste e Norte aderirem ao projeto.

Em uma segunda fase, a ideia é garantir que todas as agências adotem esse processo e que outros documentos sejam incluídos, não só aqueles ligados a operações de crédito e abertura de contas, como os cheques.

"Privilegiamos as operações com maior demanda de documentos", explica o gerente geral de tecnologia, Anderson Nobre.

Atualmente, já existem 27,6 mil formulários de operações de crédito que foram feitas de forma eletrônica. Os cadastros de clientes somavam até dia 10 de dezembro 862.615.

Além da economia, Malieni, diretor de crédito, acredita que essa gestão ajuda a aumentar a eficiência do banco e, dessa forma, fidelizar o cliente. O executivo explica que, quando ele é de baixo risco, a concorrência faz investidas para conquistá-lo. Com um processo mais ágil, o BB ganha uma ferramenta para manter o cliente em sua base.

Nas operações mais usuais de crédito, em especial à pessoa jurídica, o executivo afirma que o prazo médio de liberação dos recursos caiu de oito para cinco dias. A avaliação é que é possível, nas operações menos complexas, analisar , aprovar e liberar os recursos no mesmo dia.

Outra vantagem do processo é o ganho de eficiência interna, com a redução do tempo alocado pelos funcionários para tratar dessas operações e problemas de documentação duplicada ou equivocada, uma vez que o sistema, no momento do cadastro, informa o que é necessário e faz a checagem das informações fornecidas.

"Esse processo ajuda inclusive na renovação de limites dos clientes", acredita Malieni. A redução de custos com armazenagem e transporte de documentos é elevada no sistema financeiro.

No ano passado, só o BB gastou R$ 77 milhões com o serviço compartilhado de transporte de malotes. Já Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) estima que essa despesa tenha alcançado R$ 322 milhões.

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