21 de jan. de 2011

HSBC NEGOCIA COM A FRANCESA EDENRED PARA OFERECER CARTÕES-BENEFÍCIO

portal Cidade Biz 21/01/2011 – Relatório Reservado

O HSBC prepara uma reação ao rolo compressor da Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS), joint venture controlada por Banco do Brasil/Nossa Caixa, Bradesco e Santander e responsável pela administração da Visa Vale. Negocia sua associação à Edenred, antiga Accor Services.

O objetivo do banco é fincar sua bandeira no segmento de cartões-benefício. A Edenred controla a Ticket Refeição e a Ticket Alimentação. O HSBC negocia a compra de até 20% da empresa que os franceses estão criando para tocar a distribuição dos cartões Ticket Refeição e Ticket Alimentação.

Ressalte-se que Edenred e HSBC se conhecem de outros carnavais. O banco já comercializa os cartões da empresa em sua rede de agências.

A aliança junta a fome de comprar com a vontade de vender. O HSBC passará a ter sob seu guarda-chuva uma operação própria na área de cartões-benefício, o que lhe permitirá reduzir a desvantagem comparativa em relação a alguns de seus principais concorrentes.

A parceria se encaixa ao esforço que a instituição tem feito para aumentar seu leque de produtos no país. A Edenred, por sua vez, procura já há algum tempo soluções para ampliar o balcão de distribuição do Ticket Alimentação e do Ticket Refeição no Brasil, ainda que o tamanho do HSBC seja um décimo da estrutura que a Visa Vale tem no seu costado. O banco de origem inglesa tem cerca de 900 agências no país. Já BB/Nossa Caixa, Bradesco e Santander reúnem mais de 10.800 unidades.

As temperaturas só tendem a crescer neste setor. Os grandes bancos do país se digladiam por um mercado em ebulição em razão do crescimento do emprego formal no Brasil. As administradoras de cartões-benefício se agarram às projeções de que neste ano deverão ser criados até um milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada, trazendo a reboque um enorme mercado em potencial.

Não por acaso, os franceses já aprovaram um investimento de R$ 70 milhões no Brasil nos próximos dois anos para alavancar a oferta de produtos.

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