portal Economia & Negócios 10/12/2010 - Fernando Nakagawa (Agencia Estado)
Caixas eletrônicos serão adaptados gradualmente para operar com as novas cédulas de R$ 50 e R$ 100. Para aceitar as notas maiores, vai ser preciso trocar uma peça do terminal onde é acomodado o dinheiro para saque. Instituições financeiras farão a troca conforme o Banco Central substituir as cédulas em circulação. Por operar com notas que não foram substituídas, empresas que operam máquinas de venda automática - como refrigerante e salgadinhos - não preveem adaptações.
Hoje o Brasil tem 145 mil caixas eletrônicos em operação. Os equipamentos foram produzidos para operar com as cédulas da primeira família do real, em que todas têm 14 centímetros de comprimento e 6,5 centímetros de largura. Nesse caso, o compartimento para guardar o dinheiro tem tamanho único, independentemente da cédula que será acomodada. Agora, vai ser preciso trocar a peça para guardar as diferentes notas.
Já foram realizados testes nas instituições financeiras e a substituição da peça se mostrou simples e rápida. Não há necessidade de atualização de software e o ajuste é meramente mecânico. Mesmo assim, bancos serão comedidos na substituição porque, uma vez trocado, o equipamento não poderá mais receber as notas antigas.
Na rede Banco 24 Horas, por exemplo, a troca começará assim que a empresa receber as primeiras cédulas novas do BC. A substituição será gradativa exatamente no mesmo ritmo da entrada das notas em circulação. A empresa opera 10 mil pontos no Brasil e não informa o custo da troca das peças.
Outro setor que acompanha a troca de perto são as empresas que administram máquinas de venda automática, como refrigerantes, café e salgadinhos. Antony Harris, diretor comercial para América Latina da MEI, empresa norte-americana de sistemas de pagamento, afirma que a maioria desses equipamentos não sofre com a mudança porque geralmente recebem apenas cédulas de menor valor, como R$ 10 ou R$ 20 - que não terão alteração agora. "Mesmo quando houver a troca dessas notas, não será necessária adaptação porque não haverá mudança na largura", diz.
Mas a empresa já se prepara para adaptar alguns equipamentos que aceitam valores maiores, como máquinas para pagamento de estacionamento ou recarga de cartões de transporte, como o "Bilhete Único".
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