jornal DCI 23/12/2010 - Flávia Milhassi
O mercado brasileiro contará, a partir do primeiro trimestre de 2011, com o início das operações da Boa Vista Serviços, que prestará serviços de gestão de finanças e crédito à rede varejista nacional.
Criada por meio de um fundo de private equity da TMG Capital em parceria com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a nova instituição assume o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) e conta com participação acionária do o Clube dos Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro, a Associação Comercial do Paraná e a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre.
Segundo o presidente da Boa Vista, Dorival Dourado, ex-Experian, em entrevista ao DCI informou que a empresa foi desenhada pela ACSP primeiramente como uma empresa de capital fechado. "São cinco sócios, a TMG fez uma aquisição de ações na nova companhia, essa S.S.A de capital fechado desenhado pela associação comercial", explica.
Com investimento de R$ 220 milhões, feito pela TMG, atualmente a Boa Vista está avaliada em R$ 880 milhões, o que representa 25% da sociedade nas mãos do fundo de investimentos.
Segundo os representantes da empresa que estiveram reunidos ontem com a imprensa, a intenção é a ampliação e a profissionalização dos serviços já oferecidos pela SCPC, e incomodar a concorrência. O mercado conta atualmente com a Equifax americana e a Serasa Experian.
Para Luiz Francisco Viana, sócio-diretor da TMG Capital, além dos tradicionais serviços, a ideia da nova empresa é ir mais a fundo no setor de crédito e possivelmente criar kits de private label a rede varejista brasileira. " Podemos oferecer aos pequenos varejistas dinheiro plástico, com a criação de kits. Tudo isso para modernizar o mercado de crédito que é crescente no País", explica o empresário da TMG.
Quando questionado sobre uma possível atuação fora do mercado nacional, Vianna disse que primeiramente era preciso ganhar espaço no mercado nacional para depois investir em paises vizinhos.
A Boa Vista Serviço, nasce no mercado com alguma segurança, pois já reúne informações comerciais de mais de 130 milhões de consumidores e empresas de variados segmentos atuantes em solo nacional. Para os empresários responsáveis pela empresa, a Boa Vista será uma forma mais rápida e segura de se conseguir informações comerciais, pelo varejo brasileiro e pelos bancos. "Nosso objetivo é de se tornar um competidor relevante no mercado, baseado nas melhores praticas, com modelo de gestão inovador, com respeito a governança corporativa", explica o presidente da Boa Vista.
Dorival Dourado, quando questionado sobre a possibilidade de uma futura oferta inicial de ações, (IPO, na sigla em inglês), afirmou que essa não é a intenção inicial da Boa Vista. "A empresa não nasce com o objetivo de fazer IPOs, ou seja, os sócios podem planejar para o futuro um evento de liquidez. Nascemos com o objetivo de se tornar um competidor relevante no mercado, baseado nas melhores praticas, com modelo de gestão inovador, com respeito a governança corporativa e regras claras. Se isso nos credenciar no futuro para sermos uma noiva bonita para o mercado será interessante."
Nenhum comentário:
Postar um comentário