6 de dez. de 2010

CARTÃO DE CRÉDITO SEM ÊXITO

jornal Diário do Nordeste (CE) 06/12/2010

A utilização de cartões de crédito para a captação de recursos destinados à campanha eleitoral deste ano, no Estado do Ceará, não chegou a surtir os efeitos esperados. A medida foi introduzida na legislação por meio da minirreforma eleitoral, aprovada pelo Congresso Nacional.

De princípio, a medida foi recebida pelos dirigentes de alguns partidos políticos como algo positivo porque facilitaria doações de pequeno valor efetuadas por pessoas físicas. As exigências feitas, no entanto, inviabilizaram a utilização desse sistema por alguns partidos políticos no Ceará.

O presidente do diretório estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Moésio Mota, confessa que a medida foi muito bem recebida no seu partido que chegou até a tentar a sua utilização. Mas a burocracia e os custos iniciais, da ordem de R$ 5.000,00 a R$ 6.000,00 inviabilizaram a adoção. Diante das dificuldades encontradas o partido fez uma avaliação e optou por desistir. Para ele a ideia é boa e se for aperfeiçoada não está descartada a possibilidade de ser utilizada nas próximas eleições.

O secretário geral do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), João Melo, informou ao Diário do Nordeste que o seu partido não explorou esse campo, preferindo utilizar a maneira tradicional de arrecadação de recursos, até porque a maioria das fontes doadoras foram articuladas pelos próprios candidatos.

O presidente da comissão estadual do Partido Verde (PV) no Ceará, Marcelo Silva, disse que o seu partido não se utilizou dessa ferramenta de captação de recursos para a campanha, preferindo a utilização do sistema convencional. O presidente regional do Partido Trabalhista Nacional (PTN), Antônio Costa Silva, explicou que a sua agremiação é formada por candidatos humildes e como era pequena a quantidade de postulantes com conhecimento técnico para adotar um sistema dessa natureza, a possibilidade de utilização não foi sequer avaliada.

A exemplo do PSOL, no Partido Comunista do Brasil também foi avaliada a possibilidade de utilização de cartão de crédito para o recebimento de doações para a campanha. Mas, a complexidade para operacionalizar o sistema fizeram com que o partido desistisse, informou o presidente regional do PCdoB, Carlos Augusto Diógenes.

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