jornal Valor Econômico 08/08/2011 - Daniel Rittner
Além de sites de compra e venda de milhas, que proliferam na internet nos últimos anos, os programas de fidelidade das companhias aéreas são alvo de ataques de criminosos. A milhagem é, muitas vezes, trocada por moeda corrente depois de ser roubada. Esse tipo de crime já chama a atenção de empresas aéreas e especialistas em segurança no mundo on-line.
Os ataques normalmente envolvem o envio em massa de mensagens eletrônicas que prometem benefícios nos programas de fidelidade, como pontos adicionais, viagens gratuitas e outros prêmios. Há casos em que os usuários são direcionados para páginas falsas, segundo Fábio Assolini, analista da Kaspersky Lab no Brasil e integrante da comunidade de segurança em informática Linha Defensiva. Os e-mails distribuídos costumam ter o logotipo e outras referências das empresas aéreas, na tentativa de enganar o usuário e fazê-lo digitar o número de cadastro e a senha do programa. Assim, milhas podem ser roubadas.
As milhas são usadas pelos hackers não só para a marcação de passagens, mas como moeda de troca na internet ¬ envolvendo outras atividades ilícitas. Assolini flagrou casos em que o serviço de envio ilimitado de "spams" era vendido por R$ 100 ou por 60 mil milhas. Em outro caso, ele viu ladrões virtuais trocando milhas por cartões de crédito roubados.
Uma prática bastante comum, há anos, é a compra e venda de milhagem por sites especializados na internet. As milhas não são transferíveis, mas os titulares do programa de fidelidade negociam um valor e emitem os bilhetes no nome do comprador ou de quem ele designar.
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