29 de ago. de 2011

ELAVON, DOS EUA, QUER ACIRRAR DISPUTA POR BANDEIRAS

jornal Brasil Econômico 24/08/2011 – Flávia Furlan

Empresas como a Elavon e a Global Payments já anunciaram a entrada no mercado de credenciamento no Brasil, no entanto ainda não começaram a operar efetivamente. No caso da Elavon — joint venture entre a Credicard, subsidiária do Citigroup, e a Elavon, subsidiária do U.S. Bancorp—, a companhia está em fase final de envio de documentação às bandeiras para associação e, por isso, fez contato ainda limitado com os varejistas.

“Esses dois acionistas decidiram investir no mercado de cartões brasileiro porque ele cresceu 25% no último ano e ainda vai continuar em um ritmo de 20% nos próximo cinco anos”, diz Antonio Castillo, presidente da Elavon no Brasil e América Latina, que quer atingir 15% de fatia de mercado até 2015.

A estratégia da empresa é desenvolver produtos com características adaptadas a cada setor, especialidade da Elavon no exterior. “Para cada categoria de varejistas temos produto com características diferentes. Quando se cria, por exemplo, uma rede tecnológica para captura de dados para o setor aéreo, a companhia tem claramente uma série de exigência de informações da transação que nem sempre as adquirentes atuantes no Brasil têm para oferecer”, exemplifica.

Até agora, Castillo diz que a empresa tem tido as “dificuldades naturais” para qualquer início de negócio, além de ter que se adaptar ao Brasil. “O parcelamento da transação diretamente no varejo é uma particularidade do mercado brasileiro e se encontra em pouquíssimos lugares do mundo. Estamos trabalhando bastante para adaptar o sistema para reconhecer esse tipo de operação.”

Outro desafio, segundo ele, é que o número de profissionais com grande experiência em determinadas áreas é limitado. “Então tivemos de investir para trazer gente de fora para treinar e desenvolver os novos profissionais do mercado e, em menor escala, tivemos de sair procurando profissionais com o perfil exigido”, conta.

Desafio

Para os novos entrantes no mercado, o Banrisul destaca que uma das dificuldades é ter um grande banco por trás para acelerar o contato junto aos varejistas. A instituição trabalhou por 10 anos com uma rede de adquirência para seu cartão próprio, que tem mais de 2 milhões de plásticos emitidos. Com a abertura do mercado, passou a fazer aproximação com as bandeiras para ter licença e operar junto a elas. O diferencial do Banrisul neste mercado, de acordo com a superintendente da unidade de cartões, Darcila Cezar, é exatamente oferecer os serviços do banco ao varejista.

“Todo nosso credenciado é cliente Banrisul e tem vantagens como antecipação de recebíveis, por exemplo. Temos venda cruzada de produtos dentro da rede”, diz. O Banrisul tem uma rede de 100mil lojistas credenciados que operam com o cartão do banco, mas espera que metade destas redes aceite as bandeiras Visa e Mastercard até o fim do ano.

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