portal A Crítica 13/08/2011 – Renata Magnenti
É débito ou crédito? A pergunta pode parecer batida. No entanto, quando é feita por camelôs ou comerciantes que vendem de porta em porta soa inusitada, no mínimo. Mas se redobrarmos a atenção veremos que é cada vez maior o número de comerciantes informais que possuem máquinas que aceitam o chamado “dinheiro de plástico.”
No Centro de Manaus, por exemplo, camelôs que vendem bolsas femininas, brinquedos, relógios e celulares aceitam cartões, e alguns deles possuem até mais de uma máquina. Nos bairros mais afastados, a realidade é a mesma, com vendedores de porta em porta usando também as maquininhas que recebem pagamento no cartão de débito/crédito.
Facilidade
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), Ralph Assayag, diz que a facilidade em adquirir as máquinas é o que atrai estes microempresários. “Hoje, basta preencher um documento comprovando que é autônomo e o banco libera uma máquina na hora”, disse.
Os comerciantes pagam uma mensalidade em torno de R$ 50 e um percentual baixo por cada venda efetuada. Segundo Ralph, muitos consumidores optam por pagar no cartão pela segurança de não ter que andar com dinheiro no bolso e os camelôs que não têm a máquina deixam de vender.
Isso aconteceu com a camelô Rose Lira, que vende aparelhos eletroeletrônicos. “As pessoas não andam pelas ruas do Centro da cidade com R$ 100 no bolso, e muitas vezes perdi clientes por não ter a máquina”, explicou Lira.
Desde que ele instalou uma máquina de cartão eletrônico em sua banca, de cada dez clientes, sete utilizam a máquina para pagar suas compras.
Expansão
Com a expansão da modalidade, cada banca passa a ter suas peculiaridades quanto ao uso das máquinas. Os clientes da camelô Socorro Freitas e de seu irmão Joel Oliveira Freitas, por exemplo, só compram no débito. “É porque vendo bolsas e acessórios, então, as vendas fecham em torno de R$ 20 a R$ 30 e esse valor não costuma ser parcelar”. Ela é camelô há mais de 20 anos e há oito meses adquiriu a máquina junto a um banco.
Wiliks Silva, que vende relógios e máquinas eletrônicas, tem duas máquinas. “Vale muito a pena. Os clientes se sentem mais seguros e a venda é rápida”. Ele paga por mês R$ 60 pela concessão de cada aparelho e em média 1% sobre a venda efetuada.
Serviços ao alcance dos pequenos
Expor produtos na Internet, ter um site, oferecer ao cliente a opção de pagar sua compra via boleto bancário, fazer consultas ao SPC e Serasa são algumas das facilidades que agregam valor a micro e pequenas empresas.
No entanto, muitos empreendedores desistem das ferramentas quando verificam o custo, mas há opções que cabem no orçamento de pequenos negócios.
A empresa sulista Inform System, por exemplo, que está em Manaus há pouco mais três anos, oferece diversos serviços a micro empresários como pesquisa de crédito, de protesto de nomes, bem como localiza o cliente que deixou de pagar suas dívidas.
A novidade da Inform é que agora o comerciante poderá criar um site para divulgar seu serviço de maneira prática e padronizada. No site, o cliente dará pontapé inicial para atrair novos clientes e divulgar seu negócio. Além desses serviços, o micro empresário, poderá ainda emitir holerites, aviso prévio e contrato temporário de trabalho, sem a presença diária de um contator na sede da micro empresa.
A adesão do pacote com oito serviços oferecidos pela Inform System custa R$ 99 e a mensalidade custa em média R$ 50. Outras informações pelos telefones 3233-2744 ou 8151-7772.
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