2 de jan. de 2011

PAULISTANOS ENCERRAM 2010 MENOS ENDIVIDADOS

portal R7 29/12/2010

Apesar dos gastos elevados com as comemorações de final de ano, o consumidor paulista encerra o ano de 2010 com menos dívidas. Segundo a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), 46% das famílias apresentaram algum tipo de dívida, frente aos 50% apurados em novembro. No mesmo período de 2009, o índice estava em 48%.

O número de famílias com contas em atraso também apresentou queda, passando de 17% em novembro, para 13% neste mês. No comparativo com dezembro do ano passado, o percentual havia alcançado 20%.

O resultado é reflexo direto da melhoria dos índices de confiança do consumidor, da queda da taxa de trabalhadores sem emprego e do pagamento do 13º salário. O crescimento da renda, além da crescente oferta de crédito e a leve redução nas taxas de juros também contribuíram.

Outro ponto positivo observado com a queda desse índice é o reflexo da preocupação das famílias com os gastos de começo de ano, o que demonstraria o aprendizado do consumidor em relação à economia doméstica e às vantagens de se pagar contas e impostos à vista.

Perfil de dívida

Em média, entre as famílias analisadas com contas em atraso, 45,5% têm atrasos há mais de 90 dias. Outros 28,3% têm contas atrasadas por até 30 dias, enquanto que 21,3% do total de famílias estão com dívidas atrasadas entre 30 e 90 dias.

A proporção de famílias que acreditam não ter condições de pagar total ou parcialmente suas contas nos próximos ficou em 4,3%. Em dezembro de 2009 esse percentual era de 6,4%.

Na avaliação do prazo médio de comprometimento da renda, a maior incidência é verificada no período até três meses (29,3%). O restante está dividido entre os períodos: superior a um ano (28,5%); entre três e seis meses (23,6%) e entre seis meses e 1 ano (15%).

Em dezembro, 58,9% do total de famílias endividadas têm entre 11% e 50% da sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 12,9% das famílias endividadas esse comprometimento é superior a 50%, enquanto que para 21%, menos de 10% está comprometido com o pagamento de dívidas.

Vilões do bolso

O cartão de crédito se mantém como o principal tipo de dívida, sendo utilizado por 68,9% das famílias analisadas. Em seguida, estão: carnês (24,8%), crédito pessoal (9,8%), financiamento de carro (8,8%), cheque especial (7,7%) seguido de outros.

Dentre os financiamentos de carros as famílias com renda acima de 10 salários mínimos R$ 5.100 são as que mais financiam carros respondendo com 24,1% contra 6,7% dos consumidores com renda abaixo de 10 salários mínimos.

Isso demonstra que os consumidores com renda abaixo de 10 salários mínimos estão provavelmente direcionando seus recursos para o pagamento de dívidas anteriores, bem como para a compra de bens e serviços de menor valor.

A popularização do uso do cartão de crédito pelas classes C, D e E da população também é um dos destaques. Oferecidos de graça, os cartões podem ser utilizados sem que o consumidor tenha conta bancária, oferecendo adicionalmente o parcelamento das dívidas. Esse perfil de pagamento pode ilustrar as formas mais utilizadas pela população que está nessa faixa de renda.

Nenhum comentário: