16 de ago. de 2011

BANCO PALMAS QUER BENEFICIAR 10 MIL MULHERES EM 2011

jornal O Povo 12/08/2011 - Bruno Stéfano

Até o final deste ano, cerca de 10 mil mulheres do programa Bolsa Família, em Fortaleza, poderão ser beneficiadas com projetos de inclusão sócio-produtiva do Instituto Palmas, que, atualmente, conta com 1.500 beneficiadas, em 11 comunidades da Regional VI. Para atingir esse objetivo, foi realizado, ontem, no Conjunto Palmeiras, o Encontro pela Emancipação Sócio-produtiva, Financeira e Bancária das Mulheres do Bolsa Família do Grande Jangurussu. “A ideia deste encontro surgiu das reuniões com as mulheres beneficiadas pelo Bolsa Família. Ao longo do tempo, elas tomaram crédito junto ao Banco Palmas e reivindicavam da gente outras ações que ajudassem na sua inclusão social e produtiva”, explica João Joaquim de Melo, coordenador geral do Instituto Palmas.

Além de representantes da comunidade e instituições financeiras como o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o encontro contou também com a presença da ministra Ana Fonseca, secretária extraordinária para Superação da Extrema Pobreza, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e do economista Paulo Singer, secretário nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo a ministra, essas ações de inclusão sócio-participativa promovida pelo Instituto Palmas são incentivadas pelo Programa Brasil Sem Miséria, do Governo Federal, que este ano, dispõe de R$ 40 milhões do orçamento da União que devem ser aplicados em projetos de inclusão em todo o País. O foco do programa está nos 16 milhões de brasileiros com renda familiar per capita abaixo de R$ 70, mensais, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ana Fonseca diz ainda que as bases incluem ações voltadas para esse público, nas áreas de garantia de renda – com programas como Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), para o idoso, e a Bolsa Verde (voltada para ribeirinhos).

Como

ENTENDA A NOTÍCIA

Para elevar de 1.500 para 10 mil o montante de mulheres beneficiadas pelas ações de inclusão sócio-produtiva do Instituto Palmas, a entidade realizou encontro e inaugurou o primeiro Ponto de Finanças Solidário.

SAIBA MAIS

Para o ponto de Finanças Solidário, na modalidade Bolsa Família, o limite de crédito é de R$ 150, com juros de 1,5% a.m. e dividido em 4 parcelas.

Na modalidade Revendedores, o limite é de R$ 450, com juros de 2,5% a.m. e dividido em 8 parcelas.

Já na modalidade Economia Popular, o limite de crédito R$ 500, com juros de 2,5% a.m. e dividido em 8 parcelas.

Para empreendimentos formais e informais, o limite de crédito é de R$ 2.500, com juros de 2,5% a.m. e dividido em 12 parcelas. Já para o limite de crédito de R$ 2.501 a R$ 5 mil, os juros são de 3% a.m. e dividido em 12 parcelas. Para o limite de crédito de R$ 5.001 a R$ 12 mil, os juros são de 3,5% a.m. e com parcelas divididas em 12 vezes.

Para empreendimentos formais com limite de crédito de R$ 12 mil a R$ 15 mil, os juros são de 2,5% a.m. e dividido em seis parcelas.

Para o secretário Paulo Singer o Instituto Palmas e o Projeto Elas é um modelo que, por estar dando certo no Ceará, pode ser aplicado em outras regiões brasileiras. “O papel da mulher é muito importante na economia brasileira. Esse é um caminho que deveria ter sido tomado há mais tempo e que vai de encontro ao projeto da presidente Dilma de um Brasil sem miséria em quatro anos”, afirma.

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