PAULISTANOS ENDIVIDADOS SOMAM 53,8% EM FEVEREIRO

portal Executivos Financeiros 04/03/2011

A porcentagem de paulistas endividados subiu de 51,2% em janeiro, para 53,8% em fevereiro, segundo a Pesquisa de Endividamento e inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). Estabilidade e confiança foram os responsáveis pelo aumento do endividamento em São Paulo.

Em números absolutos, somente na capital paulista, o total de endividados alcançou 1,93 milhão de famílias, 0,1 milhão a mais que no mês passado e 0,4 milhão a mais que em fevereiro de 2010.

A PEIC também anotou uma ligeira variação no total de famílias com contas em atraso. Em janeiro, elas eram 14,7% das endividadas e agora são 15,3%. O número, no entanto, permanece baixo na comparação com o histórico da pesquisa.

Apesar do impulso no número de famílias endividadas, a PEIC mostra que o total de famílias inadimplentes, aquelas que não terão condição de pagar total ou parcialmente suas dívidas, apresentou uma retração de 1,4 ponto porcentual. Somente 4,4% das famílias encontram-se nessa categoria, um dos menores níveis já registrados na serie histórica da pesquisa. Fato que, conforme afirma a assessoria econômica da Fecomercio, demonstra que os paulistas estão mais conscientes de suas contas e apesar de mais endividados, também estão mais capazes de honrar suas dívidas.

Perfil da dívida

Em fevereiro, 34,3% dos paulistas afirmam estarem comprometidos com dívidas por mais de um ano, 25% de três a seis meses e 22,5% por menos de três meses. A maior parte deles, 60,9%, tem entre 11% e 50% da renda familiar mensal comprometida com o pagamento das contas, 22,8% comprometeram menos de 10% da renda e 14,1% comprometeram mais de 50%.

O principal meio utilizado para adquirir essas dívidas continua sendo o cartão de crédito, 68,3% dos paulistas tem alguma dívida devido às compras desse tipo. A participação dos carnês subiu e, em fevereiro, 30,6% dos paulistas assumiu o pagamento de um deles. A terceira forma mais comum de dívida é o financiamento de carros, utilizado por 12,9% dos paulistas.