5 de mar. de 2011

CONSIGNADO TEM EXPANSÃO DE 27,3% E ATINGE R$ 139 BI

O volume de crédito consignado liberado pelas instituições financeiras não para de crescer. Em janeiro, o SFN (Sistema Financeiro Nacional) do BC (Banco Central)viu o montante crescer 27,3% sobre o primeiro mês do ano passado. Os empréstimos com descontos em folha de pagamento chegaram a R$ 139,7 bilhões.

Na comparação com dezembro, janeiro registrou alta de 1,4%. No último mês de 2010, a demanda por esta modalidade de crédito atingiu R$ 137,7 bilhões.

O consignado é considerado um dos tipos de crédito pessoal e representou, dentro deste grupo, 60,5% do total emprestado em janeiro, cerca de R$ 230 bilhões.

"Para os bancos é interessante porque as parcelas desses empréstimos são debitadas direto no pagamento. Portanto diminui o risco de inadimplência, o que proporciona melhores condições para as instituições cobrarem juros mais baixos", explicou o pesquisador da consultoria de finanças Instituto Assaf Fabiano Guasti Lima.

As medidas de contenção ao crédito aplicadas pelo BC tiveram impacto nas taxas dos consignados. Conforme a autarquia monetária, o juro anual médio passou de 27,5% para 28,3%, mas ficou abaixo da média dos demais empréstimos para os consumidores, 60,9% ao ano.

As instituições financeiras públicas foram responsáveis pela liberação de R$ 119,6 bilhões. Dentro deste valor, está incluído todo o montante liberado para servidores públicos ativos e inativos e aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Os bancos públicos tiveram incremento de 26,5% no volume de consignado liberado. Na comparação mensal, o resultado foi superior em 1,5%.

A demanda por consignado nas instituições privadas teve avanço mais forte, com 33,8% sobre janeiro de 2010. Porém o montante é inferior ao que os bancos públicos forneceram aos consumidores. O segmento teve R$ 20,1 bilhões de contratações, avanço de 0,9% sobre dezembro.

EXCLUSIVIDADE - O BC determinou o fim da exclusividade entre empresas e bancos para liberar o consignado neste ano. "Mas o interessado tem que medir se vale a pena abrir conta em outro banco. E não cair em venda casada, como empréstimos mais seguro ou outros serviços", orientou Guasti.

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