jornal Folha de S. Paulo 25/03/2011 - Giuliana Vallone e Mariana Sallowicz
O investimento das redes de varejo para popularizar os cartões de loja fez com que o segmento puxasse o crescimento do setor em 2010.
De acordo com dados da Abecs (a associação das empresas de cartões), o número de plásticos no país cresceu 11% no ano passado, enquanto os cartões das redes tiveram aumento de 15%.
"O varejo está investindo nesse segmento porque ele fideliza os clientes, além de trazer informações sobre eles", afirma Fabio Pina, economista da Fecomercio.
Levantamento realizado pela Felisoni Consultores e pelo Provar/FIA mostra que esses cartões foram utilizados em metade das compras de eletrodomésticos na cidade de São Paulo entre janeiro e este mês.
Na Renner, os 17,1 milhões de plásticos da rede foram responsáveis por 56,6% das vendas em 2010.
Na Marisa, o percentual foi de 49,8%.
Além de oferecer aos consumidores vantagens na hora das compras -como prazos maiores de parcelamento-, a modalidade também é uma forma de aumentar o acesso das classes mais baixas a produtos financeiros.
"Esse cartão é um primeiro contato da baixa renda com produtos financeiros. É comum as pessoas terem o cartão sem ter conta bancária", diz Fábio Moraes, da Febraban (federação dos bancos).
Ele afirma que os cartões têm mais apelo para essas pessoas por conta da proximidade do varejo com as classes mais baixas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário