portal Decision Report 24/03/2011 - Léia Machado
Midias sociais, mobilidade, inovação, infraestrutura e computação em nuvem. Esses são alguns desafios que o setor financeiro enfrenta nos tempos atuais, em que as multiplataformas ditam as regras do mercado. O setor tem poucas movimentações diante das cinco mega tendências de TI – Cloud, BI, Mobilidade, Sourcing Economy e Redes Sociais -, listadas pela IDC no início do ano.
“Temos dito pouca exploração nesses ambientes em multiplataformas e multicamadas. Nós ainda estamos entendendo essas mudanças e tendências com um acompanhamento contínuo do mercado, mas sem saber direito como agir. Sabemos a importância da inovação para se manter firme no mercado”, aponta Maurício Minas, diretor Executivo do Bradesco.
Para Claudio Prado, CIO do Banco Santander Brasil, as instituições financeiras precisam repensar a TI de forma que elas cumpram seu papel de manter o banco funcionando, ao mesmo tempo em que atendam as necessidades dos funcionários e clientes.
De acordo com Cássio Dreyfuss, VP do Gartner, a área de TI dos bancos não consegue entregar 100% de resultado. "As tecnologias aplicadas nos bancos para ganhar competitividade e atender as demandas dos clientes têm 90% de bom desempenho. Não é mau, mas precisa ser melhor".
“O desafio que enfrentamos é muito grande. Quem não acompanhar essa mudança e não se adaptar à essas diversas plataformas incluindo redes sociais e mobilidade, está perdendo espaço. O que precisamos fazer é trabalhar em uma nova arquitetura de uma maneira muito focada. Esperamos avançar nesses processos nesse ano”, diz Alexandre de Barros, VP de TI do Itaú-Unibanco.
Novas demandas
Segundo as pesquisas da IDC, apresentadas pelo seu diretor geral no Brasil, Mauro Peres em evento pré-Ciab 2011, em São Paulo, a Web 2.0 e as redes sociais têm um papel importante nas estratégias de marketing das empresas.
No mercado geral, 40% das empresas usam essas ferramentas em seus ambientes corporativos para analisar o status das ações institucionais, vendas de produtos, entre outros. Já os bancos, 80% não tem nenhum tipo de investimento ou projeto de negócio utilizando essas plataformas.
Em relação ao cloud computing, no qual os principais impulsionadores da adoção dessa tecnologia são as novas gerações, competitividade e a própria evolução da Internet, o setor financeiro ainda age com muita cautela.
“Nós estamos feito algumas movimentações dessa tecnologia dentro de casa. No conceito de atividade bancária, não tem como ir além disso”, enfatiza o diretor do Bradesco. “Cloud não virou fumaça para os bancos. Ele traz benefícios a todos e o HSBC já fez algum exercício nessa tecnologia ao redor do mundo. Mas também fazemos tudo dentro de casa”, completa Leignes Andreatti, CIO do HSB Brasil.
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