30 de mai. de 2011

CONCORRENTES ADOTAM TECNOLOGIA DE AUTOMAÇÃO BANCÁRIA EM OUTRAS ÁREAS

jornal Brasil Econômico 27/05/2011

O ano passado foi o melhor ano da história da Diebold, cujo faturamento chegou a R$ 1,4 bilhão, contra R$ 1,15 do ano anterior. O resultado foi impulsionado pelo fornecimento de urnas eletrônicas ao governo, quiosques de autoatendimento e loterias. “Pretendemos manter o faturamento de 2010 em 2011 e por isso estamos apostando em negócios fora de bancos”, diz João Abud Júnior, presidente da companhia.

Embora o setor bancário seja o mais importante para as empresas de automação e deva continuar em crescimento, em função da sofisticação e substituição dos caixas eletrônicos e o aumento da bancarização da classe média, Abud acredita que a expansão será pequena. “Os terminais bancários representam 60% do nosso faturamento e não há como crescer muito mais”, afirma o presidente.

As áreas de saúde, varejo, loterias e urnas vêm recebendo as atenções da Diebold por demandarem soluções de autoatendimento, que utiliza a mesma tecnologia dos caixas eletrônicos. “Temos um grande aproveitamento do que já fazemos para os bancos e não necessitamos de muito capital para fornecer equipamentos para outras áreas, gastamos R$ 3 milhões no ano passado para esta finalidade”, afirma Abud, que dedica 3,5% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento.

Abud também manifesta o desejo de aquisições para expandir. “Queremos comprar empresas parceiras que façam sentido para o nosso negócio”, diz o executivo, sem dar maiores detalhes. O brasileiro não revelou o valor que tem em caixa para ir às compras, mas Tom Swidarski, o presidente mundial da empresa, anunciou em março que dispõe de US$ 506 milhões para este fim.

Para a Itautec, a área de automação como um todo representa 30% do faturamento. No entanto, Maurício Guizelli, diretor comercial de automação bancária e exteriores admite que os bancos demandam por mais equipamentos que os demais segmentos.

A exemplo das concorrentes, também fornece equipamentos para varejistas, loterias, cinemas, serviços públicos e até tribunais, onde os clientes dão entrada nos processos eletronicamente . “O Brasil já está acostumado com caixas eletrônicos, então o princípio de autoatendimento pode servir para diversas áreas”, diz.

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