portal Cidade Biz 20/09/2011
No primeiro semestre de 2011, o valor transacionado por cheques foi 70% superior ao volume monetário das transações com cartão de crédito: no acumulado de janeiro a junho, o valor com cheques chegou a R$ 511,6 bilhões, contra R$ 301,8 bilhões com cartões. O levantamento foi feito pela Fecomercio a partir dos números do conjunto de indicadores econômicos da base de dados do Banco Central.
Para a Fecomercio, esse número é surpreendente, levando-se em consideração que o número de transações feitas com cartões de crédito corresponde a 7,5 vezes a quantidade de cheques compensados no período, ou 653% maior: 3,8 bilhões (cartões) contra 508,8 milhões (cheques). Esses dados são corroborados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Fecomercio, que registrou, no mesmo período, a liderança com folga do cartão de crédito como o principal tipo de dívida.
De acordo com a entidade, o valor elevado de cheques decorre da emissão de cheques pré-datados em parcelamentos ou entradas, em aquisições de itens de grande valor, como automóveis. Quando se parcela em valores elevados, a taxa de administração cobrada pelas operadoras de cartões inviabiliza seu uso, o que estimula o uso do cheque. Além disso, poucas pessoas possuem limite alto no cartão de crédito para cobrir despesas elevadas. Por fim, a emissão de cheques administrativos também colabora para o elevado valor médio dos cheques, atualmente.
O valor médio mensal gasto no cartão de crédito foi de R$ 78,81, enquanto o valor médio de cada cheque compensado foi R$ 1.005,53. Ainda segundo o levantamento, a média mensal de estoque de cartões de crédito no primeiro semestre foi 646 milhões, o que dá 3,4 unidades por brasileiro.
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