16 de out. de 2011

ATRASOS EM CRÉDITO PARA VEÍCULOS SOBEM PARA 4,4% EM SETEMBRO

jornal DCI 14/10/2011 – Panorama Brasil

A taxa de inadimplência do consumidor em relação ao financiamento de veículos foi de 4,4% em setembro, uma alta de 0,2 ponto percentual se comparada com o resultado obtido em agosto, de 4,2%. De acordo com o levantamento realizado pela Agência MSantos, desde janeiro de 2011 a inadimplência referente às dívidas de compras de automóveis tem apresentado tendência de aumento de 0,2 ponto, sendo atípico apenas entre os meses de abril e maio, quando o aumento foi de 0,4 p.p.

Segundo o economista da Agência, Ayrton Fontes, a melhor maneira de verificar a existência de tendência de aumento é acompanhar a evolução dos atrasos de 15 a 90 dias. "A partir do 16º dia de atraso, as agências de cobrança contratadas pelos bancos iniciam um procedimento de cobrança junto ao cliente, já que normalmente o boleto é aceito com até 15 dias de atraso pela rede bancária", justifica.

De acordo com Fontes, os escritórios de cobrança continuam enfrentando mais dificuldades com os clientes que não conseguem pagar dívidas a partir de duas parcelas vencidas. De acordo com ele, os consumidores que estão devendo somente uma parcela têm mais facilidade de quitar a dívida.

O levantamento mostra que entre os consumidores que estão inadimplentes com o financiamento do veículo, a maioria pertence à classe média e com renda mensal de R$ 2 mil a R$ 3,5 mil. Os financiamentos que aparecem com grande número de inadimplentes são os fechados a partir de 2009, com prazo de até 60 meses.

Dados da Boa Vista Serviços, com abrangência nacional, mostram que o número de novos registros caiu 5,1% em setembro de 2011 ante o mês de agosto, na série com ajuste sazonal. Entre o mês de agosto e julho a alta havia sido de 4,1%.

No período acumulado de janeiro a setembro de 2011, o número de novos registros de inadimplentes apresenta alta de 22,7% na comparação com o mesmo período de 2010, na série com ajuste sazonal. A Região Centro-Oeste é a que apresenta a maior variação, 24,8%. Na variação mensal, todas as regiões tiveram variação negativa, sendo que a maior delas ficou por conta da Região Sul, com 11,5%.

Nenhum comentário: